Renata Rosa comemora os 20 anos do álbum “Zunido da Mata”, com relançamento em vinil

Compartilhe nas redes sociais…

Cantora, compositora e multi-instrumentista, Renata Rosa mergulhou na poesia e nos ritmos da Zona da Mata de Pernambuco e do Baixo São Francisco (em Alagoas), nos anos 2000, vindo a lançar em 2003 o seu disco de estreia, “Zunido da Mata”. Em 2004, o álbum ganhou prêmio internacional, na França. Duas décadas depois, a artista celebra esse marco da carreira, com o lançamento em vinil do mesmo trabalho, dessa vez pela Rocinante Três Selos.

O álbum está disponível à venda no site www.rocinantetresselos.com a partir dessa sexta, 05 de abril. E a bolacha ganha edição especial com capa dupla, 180 gramas, vinil na cor amarela e com texto de Bento Araújo comentando faixa a faixa. Ao todo, são 13 canções que fazem uma imersão em diversas referências como o coco, a ciranda, o canto polifônico caboclo/indígena, o perré (ritmo do caboclinho presente na música “Zunido da Mata”, que batiza o álbum), entre outros para apresentar um som único e marcante.

O álbum, que havia sido inicialmente lançado como CD independente em 2003, chegou à Europa pelo selo OutroBrasil e recebeu o prestigioso prêmio Choc de L’Année 2004, da revista francesa Le Monde de la Musique — um dos principais prêmios europeus voltados para a música mundial. Esse reconhecimento impulsionou Renata Rosa e o rabequeiro Luiz Paixão (mestre e inspiração da cantora) para uma sólida carreira internacional.

O maracatu rural da foto acima, como também os caboclinhos, estão entre as referências musicais de Renata

“Zunido da Mata” é um álbum de inspiração muito visual, que emana as vivências concretas, terrenas e também a força criativa e mágica de sua comunidade e das brincadeiras. Rabeca e viola nordestina, baixo, muita improvisação, jogos de vozes, o canto que ondula como uma brasa no meio da noite sobre usinas de percussão. É um álbum onde fecundam-se os cocos, cirandas, maracatus rurais, catimbós, polifonias vocais caboclas e influências urbanas para criar um novo som, com uma certa sofisticação na combinação de arranjos, ritmos e melodias, que passa a energia do transe e que conserva uma incrível força de comunhão festiva” diz a artista.

Veja as faixas do vinil de Renata Rosa. No Lado A: Corta o pau (Renata Rosa, Mestre Eduardo);  Mucunão (Guilherme Medeiros);  Sereia (domínio público / adaptação de Renata Rosa, Telma César e Renata Mattar); Me leva (Renata Rosa) ; Pimenta com pitu (Luiz Paixão);  Piau (domínio público / adaptação de Renata Rosa); Ô palmeira (samba de coco tradicional). E ainda, Lado B:  Lá em São Paulo (domínio público / para Biu Roque); Brilhantina (samba de coco tradicional; Pavão (Rojão de Roça); Zunido da mata (Renata Rosa); Assentei praça (domínio público); Serrador (Chico Antônio, Paulírio / adaptação de Renata Rosa e Nilton Jr.).

No video abaixo, uma pequena mostra da estrada  musical percorrida por Renata Rosa

Leia  também
Lula Queiroga apresenta Capibaribum na Caixa Cultural
Cantautor no Teatro Santa Isabel com o show “Linhagens – Zeh Rocha 50 anos”
Zeh Rocha é homenageado na próxima edição do Sarau Boa Vista, no Largo de Santa Cruz
Casa de Dulcineia tem encontro “Vem cantar” com microfone aberto e Zeh Rocha como convidado
Pabllo Moreno faz show gratuito no Teatro do Parque
Conheça a cantora Dora Martins, 17 anos que lança seu primeiro álbum
Pabllo Moreno e a Gestação da Terra
Pabllo Moreno, do baião ao blues
oite promete: Cantores Almério e Martins no Teatro Guararapes
Martins brilha no rio sob o sol
Almério, Claudionor, Nonô, Nena Queiroga e Caboclinhos
Almério desempenha na Bahia
Desempenha, Almério, você vai longe
Almério e Silvério no Marco Zero
Almério é um absurdo
Música: Martins brilha no rio sob o sol
Arthur Philipe trocou a carreira camerística pela música popular
Geraldo Maia no Teatro do Parque
O Pirata José, de Bia e Alceu
Cesta de música: MPB,blacke lgbtqi+
Auto da Compadecida vira ópera
Música no Palácio atrai bikes e andantes
Maestro Spok é homenageado
Pernambucano divide palco com tabla de ZakirHuassain em Los Angeles
Diva Menner no Baião de Dois
Blues Jeans: Negro em cada canto mostra presença afro nas Américas
Capiba, gênio da música, ganha espetáculo em oito ritmos
Pátio de São Pedro: Dia de sextar com Josildo Sá
Forrozeiro bom e no samba de latada, Josildo Sá levanta a poeira no Tacaruna
Josildo Sá canta em todos os ritmos
Josildo Sá e Silvério Pessoa, o encontro do carnavial com a caatinga
Geraldo Maia canta Chico Buarque no Poço das Artes
Geraldo Maia canta e encanta no Poço das Artes
Geraldo Maia comemora aniversário : Pavão Misterioso e Lamento sertanejo
Poço das Artes: Geraldo Maia canta o Nordeste e Portugal
Os 60 anos de Geraldo Maia no Poço da Panela: “A minha história sou eu”
Geraldo Maia: voz e violão no Poço
Poço das Artes: NoelRosa por Walmir Chagas esgota reservas e tem sessão extra no domingo
Geraldo Maia canta e encanta
“Tapioca com Shark” no Poço das Artes
Poço das Artes: jazz, mpb, música portuguesa
Orquestra Pernambucana de Clarinetes anima Poço
Blues no Poço da Panela
Contracantos e contraventos no Poço
Chorinho e jazz “nordestino” no Poço
Maísa e dois rodrigos: álgebra musical
Alceu Valença com sabor de vinho: La Belle  de Jour
Biografia de Alceu Valença mostra 50 anos de estrada 
Valencianas: Ingressos esgotados

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Ashlley Melo/ Divulgação e  SEI/ Acervo #OxeRecife

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.