“Casa de Dulcinéa” tem encontro “Vem Cantar” com microfone aberto e Zeh Rocha como convidado

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Feminista, ativista cultural, assistente social, cantora desde criança, uma das principais articuladoras da famosa Horta de Casa Amarela, Dulcinéa Oliveira Xavier (foto acima) nasceu no Pará e mora desde 1974 no Recife. Porém não esquece os ritmos de sua terra tão distante. Por esse motivo, abre a própria casa naquele bairro da Zona Norte para soltar a voz em repertório que inclui o Carimbó, mas também MPB e cancioneiro nordestino. Dulcinéa estudou no Conservatório Pernambucano de Música, integrou vários corais e já se apresentou em público por diversas vezes. Em algumas das músicas que vai interpretar, fará duo com Zeh Rocha, figura tarimbada nos palcos do Recife, que em 2024 completa 50 anos de trajetória artística. O encontro musical – Vem cantar – acontece no sábado (3/6), com início previsto para 13h. Porém a casa estará aberta a partir das 12h, com animação, comes e bebes, bazar. Também vai ter Karaokê, para quem quiser enfrentar o microfone.

A Casa de Dulcinéa fica na Avenida Professor José dos Anjos, 80, de frente para a Horta que ela ajudou a implantar, e na qual responde sempre pela programação cultural. A Horta de Casa Amarela também possui plantas decorativas e pomar, em terreno antes tomado pelo lixo, pelo descarte de metralhas e no qual proliferavam insetos e roedores. Cansados de esperar pelo poder público, os moradores se reuniram e decidiram transformar a área, que virou não só ponto de referência no bairro como também local de convivência para os moradores. Dulcinéa informa que além da participação de Zeh Rocha,  o Vem Cantar conta com os músicos  Jorge Martins, Adeilton Lima de Freitas, e Felipe Xavier. O preço do ingresso para as atrações musicais fica entre R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira). A festa promete se estender até 18h.

Zeh Rocha, 49 anos de vida musical, prestigia evento “Vem Cantar”, na Casa de Dulcineia, em Casa Amarela

Jorge Martins (percussão) tocou muito tempo com a Banda Cascabulho e tem premiações internacionais. Adeilton é sanfoneiro, pianista e tecladista e sempre se apresenta no Restaurante Paraxaxá, aos finais de semana. Felipe Xavier é virado no pandeiro. Ele superou as limitações impostas pela Síndrome de Down, e conseguiu se formar no Conservatório Pernambucano de Música. É  percussionista. Nascido no Bairro da Boa Vista – área central do Recife – Zeh Rocha acumula quatro álbuns musicais, produziu outros e tem histórico de parcerias com artistas como Lenine, Bráulio Tavares, Erasto Vasconcelos, Jessier Quirino, Juliano Holanda, Cláudio Noah, Juliano Holanda.

Entre as canções que Zeh Rocha pretende apresentar no sábado, estão algumas conhecidas como Festejos e Maracatu Silêncio. E outras inéditas: como Deixa a mata não desmata e Coco da ganância. Além de recuperar um terreno degradado com sua implantação, a Horta de Casa Amarela sempre faz eventos culturais, que tanto podem ser no São João (com muito forró) quanto no carnaval, quando os moradores do bairro levam às ruas o Bloco Carnahorta,  que percorre as ruas do bairro. Também já promoveu feirinhas, bazares e apresentações musicais, com participação de nomes conhecidos da cena artística, como é o caso de Zé Brown. Á frente Dulcinéa, sempre um dos mais animados integrantes da horta.

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Serviço
Evento: “Vem cantar”
Onde: Casa de Dulcinéa, Avenida José dos Anjos, 80, Casa Amarela
Quando: Sábado, 3 de junho
Horário: entre 12h e 18h
Atrações: shows musicais, bazar, bebidas e comidas, karaokê
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia)

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação

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