No Recife, alguns grupos já o praticam durante as trilhas que costumam fazer nas matas, como o Ecoverdejante e do Correndo em trilhas. Ou mesmo as meninas do Xô Plásticos. Em área urbana, alguns integrantes de grupos como o Bora Preservar, Preservar Pernambuco e o Caminhadas Domingueiras também aproveitam os passeios, para recolher garrafas, plásticos, papéis. Mas na Suécia, esse tipo de iniciativa tornou-se um movimento. É que naquele país, além de todo um processo de gerenciamento dos detritos, da reciclagem e da economia circular, criou-se uma ação chamada plogging, que vem a ser uma caminhada à qual se alia o recolhimento de algum lixo que for encontrado pelos caminhos.
Bacana, não é? A expressão vem da mistura de palavras suecas que significam “caminhar” e “catar lixo”. E nada mais é do que levar consigo um saco e ir coletando o lixo encontrado no caminho. A prática se popularizou e hoje é realizada por famílias, escolas, atletas e de forma coletiva, no intuito de reduzir a quantidade de lixo espalhado no ambiente e sem chance de ser corretamente descartado. Vamos fazer aqui também? Até porque o que a gente mais vê no Recife é lixo espalhado nas esquinas, praças. Nessa em que apareço aí na foto abaixo, com esses saquinhos, havia recolhido cerca de 30 garrafas de refrigerante em uma manhã de domingo. Já faz algum tempo. Mas o problema continua. Faço coletas quase diárias. Como se isso fosse pouco, ainda tem quem ache que a praça é para deixar cocô de cachorro.
“Lixo gera lixo. Se o ambiente está sujo, nós tendemos a deixá-lo ainda mais sujo. Mas se está limpo, as pessoas vão querer mantê-lo limpo”, diz Erik Ahlström, fundador do movimento do plogging. Ele tem razão. E isso se comprova nas ruas, nas esquinas, até na praia. Basta um acumular seu lixo em lugar indevido, para que os outros venham e façam o mesmo, com o descarte incorreto. Em alguns locais, como no Morro da Conceição, a própria comunidade se encarregou de improvisar jardins, para dispersar os descartes dos “lixeiros” do lugar. Isso porque onde havia um monte de lixo, em poucos dias tinha uma montanha. Em outros, há até redes de fast food acumulando detritos onde não se deve, como mostramos aqui recenemente. E como um lixo atrai outro, aí já viu…
Erik lembra que “plogging é um nome coletivo. Significa catar lixo e correr. Mas é claro que você não precisa correr. Você pode caminhar, pedalar, remar. Você só tem que mudar de atitude”. Vamos fazer ploggging no Recife? Alguns dos nossos companheiros de caminhadas já adotaram a prática, inclusive em áreas bem urbanas da cidade. Não gosto de caminhar com coisas pesadas nas mãos, mas sempre recolho materiais leves, principalmente na praia onde coleto os taquinhos ou objetos de plástico que acho na água ou na areia.
Até porque, como alerta The Keep Sweden Tidy Foundation (organização sueca sem fins lucrativos que promove a reciclagem e combate o lixo por meio de campanhas de conscientização pública e educação ambiental), 80% do lixo dos oceanos vem dos continentes, de resíduos descartados de forma errada na terra. E que, se continuarmos assim, teremos mais plástico que peixes nos oceanos em 2050. O plogging e outras ações que contribuem para uma boa gestão do lixo estão em exposição no Shopping Tacaruna, depois de passar pelo Cais do Sertão. Vale a pena uma visita para se conhecer medidas que podem ser introduzidas aqui. Na mostra “Re: waste – como a Suécia está repensando os recursos”, você pode conferir o que está se fazendo naquele país e o que podemos copiar para o nosso.
A exposição “Re:waste – como a Suécia está repensando os recursos” estava em exibição no Cais do Sertão. Agora ficará em cartaz até o dia 31 de maio, no Espaço Cultural do Shopping Tacaruna, localizado no primeiro pavimento do mall. A mostra traz onze quadros que explicam como a Suécia está repensando o gerenciamento do lixo através do conceito de economia circular, da pesquisa e inovação. A expô mostra a riqueza enorme no lixo que produzimos.
Todos os resíduos gerados podem ser reaproveitados. Os molhados – alimentos, cascas de verduras e ovos – podem virar adubo. Os demais, podem ser usados para novos utensílios, conforme você pode observar em experiências já desenvolvidas no Brasil, inclusive no Recife. Por pessoas, empresas, instituições, ongs. “É preciso repensarmos a nossa forma de consumo, saindo do padrão linear (produção, uso e descarte) e passando a ser entendida como circular (reutilização de produtos através da reciclagem) para otimização dos nossos recursos”,diz Leandro Rocha, oficial de negócios da Embaixada da Suécia no Brasil. “O cuidado com o planeta também deve ser pensado na hora de consumir produtos: repense e opte por produtos reciclados. O meio ambiente agradece”. Vamos limpar?
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Serviço:
Evento: Exposição “Re:waste – como a Suécia está repensando os recursos”
Onde: Cultural do Shopping Tacaruna
Quando: Até 31 de maio
Quanto: acesso gratuito
Horário: o mesmo do Tacaruna
Endereço:
Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife
Ótimas iniciativas Letícia! Parabéns pelo pelo texto e pelas boas práticas! Vamos tentar introduzir nas caminhadas dos Bora Preservar essa conscientização de recolhimento do lixo de forma espontânea!!
👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
Excelente, Letícia, nós do Bora Preservar já iremos adotar a ação!
Excelente iniciativa lá e cá..👏👏👏