Que onda! A PepsiCo acaba de lançar o protótipo de carroceria de caminhão sustentável, feita com plástico reciclado, mais especificamente de BOPP e garrafas PET, materiais usados nas embalagens de salgadinhos e refrigerantes de suas marcas. As grandes corporações têm mais é que fazer isso mesmo. E muito mais. Deviam, em cada refrigerante ou alimento comercializado, colocar uma mensagem com educação ambiental, orientando a população a fazer o descarte correto. Como já é feito nos rótulos de cigarro, porém com advertência aos danos saúde. Pois se formos contabilizar o lixo em rios, mares, lagoas, riachos, canais é quase tudo… garrafa PET e embalagens metálicas, não é não? Então, finalmente, agora as corporações começam a fazer a sua parte.
Para se ter uma ideia, da avalanche desse tipo de embalagem, a PepsiCo atua em 200 países, nos quais seus produtos “são apreciados por mais de um bilhão de vezes por dia”. Ou seja, consumidos. Na verdade, todo esse material que é descartado no mundo devia mesmo era ser biodegradável. Haja ciência, mas tudo é possível. Bom, de qualquer forma, atitude em defesa do meio ambiente (ou melhor, para tentar poupá-lo) já é melhor do que nada. Ainda mais vindo de quem é responsável por jogar milhões de toneladas de materiais como aqueles no mercado. A última novidade, agora, é essa carroceria aí da foto. O protótipo foi desenvolvido utilizando como base embalagens recicladas de produtos da empresa na composição. Para a fabricação da carroceria, as embalagens de BOPP e PET passaram por processo químico que, misturados a outros componentes, reduzem a quantidade de fibra de vidro utilizada na fórmula original.
Segundo a PepsiCo, o material passou por diversos testes a fim de torná-lo mais seguro e com maior durabilidade, entre eles o de envelhecimento artificial estimado em 10 anos, elasticidade e condução de calor, obtendo resultados positivos e demonstrando a possibilidade de utilizá-lo em larga escala em sua frota. Para o projeto foram utilizados cerca de 3 quilos de embalagens plásticas de BOPP ( 750 unidades de bolsas de salgadinhos) e 18 Kg de plástico PET (aproximadamente 368 garrafas). Ou seja, 1.118 unidades de embalagens descartadas.
Segundo a Pepsi, novos experimentos estão sendo realizados para aumentar ainda mais a utilização destes recicláveis na composição da fibra, que pode consumir até 99% menos energia em kW/h na sua produção em comparação a carroceria convencional feita de alumínio. Com o projeto, pretende-se reciclar cinto toneladas e plástico por ano (quase nada para o volume produzido). Para a conta ser perfeita, a PepsiCo deveria nos dizer a quantidade de materiais produzidos por ano, total descartado e total aproveitado. Pois um protótipo, por enquanto, é apenas um protótipo. Porém a PepsiCo também anuncia a compra de vinte caminhões elétricos e cinco movidos a GNV para reforçar sua frota sustentável. A empresa foi a primeira a usar caminhões movidos a gás natural e umas das pioneiras no uso de caminhões elétricos em sua frota, “o que reforça o seu compromisso com a mitigação dos impactos causados pelas emissões de CO2 na atmosfera e com a sustentabilidade em toda sua cadeia de valor”.
E informa que “todas essas ações vêm ao encontro de meta global da PepsiCo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 40% em toda a sua cadeia produtiva até 2030”. O #OxeRecife sempre abre espaço para iniciativas que procurem poupar a natureza, sejam de pessoas físicas, jurídicas, pequenas ou grandes corporações. Ultimamente várias empresas têm anunciado aproveitamento de materiais descartáveis para fabricação de óculos, corrimão, embalagens, carrocerias. Até a boneca Barbie, da Mattel, tem agora uma versão “verde”. É que produto ecologicamente correto começa a ter a preferência dos consumidores. Resta perguntar, quem é mais forte, se a consciência ecológica ou o o valor do vil metal….
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação / PepsiCo
