Caatinga: Bancos ofertam R$ 10 milhões para restaurar o terceiro bioma mais ameaçado no Brasil

Notícia boa é para se dar. Lembram que nesta semana falamos que a Caatinga – o único bioma brasileiro exclusivo do nosso país – é o terceiro mais ameaçado  do Brasil? E que possui mais de 400 espécies que podem entrar em extinção? Pois o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizou R$ 50 milhões para o Sertão, dos quais R$ 10 milhões serão destinados a projetos que tenham por objetivo a restauração ecológica de bioma. Eles serão desenvolvidos através de parceria com o Programa Floresta Viva, via acordo firmado com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

O montante captado será aplicado em projetos de reflorestamento de espécies nativas  na área de atuação do BNB. Essa é a 17ª parceria do programa Floresta Viva, cujos recursos totais já chegaram a R$ 711 milhões (sendo R$ 461 milhões dos parceiros e R$ 250 milhões do BNDES). Já os R$ 40 milhões servirão para construção de 1.400 cisternas de produção em propriedades rurais, localizadas em 17 municípios do Semiárido. Essa ação resulta de parceria com a Fundação Banco do Brasil. Quem é nordestino e conhece bem o Sertão, sabe muito bem da importância de cisternas para as comunidades rurais da Caatinga.

Facheiro, uma das cactáceas comuns ao Sertão, tão frequente quanto a palma e o mandacaru

Quanto aos R$ 40 milhões (sendo R$ 20 milhões da Fundação Banco do Brasil e R$ 20 milhões do BNDES), além da implantação de cisternas, deverão servir também para apoio ao Programa Fomento às Atividades Rurais com assistência técnica e recursos para o desenvolvimento de propostas produtivas. Por meio das cisternas a serem implementadas, os participantes terão acesso à água para produção de alimentos para consumo e comercialização, favorecendo a geração de renda.

O anúncio ocorreu nesta semana, no evento Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste, em Brasília. Ao divulgar as ações previstas, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou: “Estamos inaugurando esta nova fase em que as instituições financeiras somam esforços e se dispõem a trabalhar juntas. De um lado, estamos assinando um acordo de cooperação organizando a agenda de trabalho com o BNB. De outro, damos o primeiro passo para a restauração ecológica da caatinga, que é um dos biomas mais devastados e que possui um potencial enorme de sequestro de carbono.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Semas -PE e
Genival Pparazzi) / G.F.V Paparazzi / ZAP (81)995218132)/ gfvpaparazzi@gmail.com (Acervo #OxeRecife)

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