Um dia após premiação, Centro de Mulheres do Cabo discute Lei Maria da Penha

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Mulheres, uni-vos. Uni-vos contra a violência doméstica, contra o machismo, contra o feminicídio. Como dizia o saudoso Capiba, em mulher “não se bate nem com uma flor”. Mas a crônica policial ainda relata diariamente casos escabrosos de mulheres que são torturadas, assassinadas, violentadas pelo simples fato de serem …. mulheres.  As autoridades e as organizações governamentais estão mobilizadas contra essa realidade. E uma dessas ongs é o Centro de Mulheres do Cabo que, há quatro décadas, luta contra a situação. A entidade inclusive é pioneira no acionamento da Lei Maria da Penha. São 40 anos de luta em defesa do direito de humanos de crianças, meninas, adolescentes, mulheres adultas.

Agora, um dia após ter recebido premiação pelo trabalho e ser tema de filme na Universidade Católica de Pernambuco, o CMC realiza a  partir das 14h dessa quarta-feira (28/8), o Seminário Comemorativo dos 18 anos da Lei Maria da Penha. O encontro acontece no auditório da entidade feminista, que fica na Rua Padre Antônio Alves, 20, no Centro do Cabo de Santo Agostinho (atrás do Teatro Barreto Júnior). O Cabo se situa a  41 quilômetros do Recife. O trabalho do CMC desperta atenção até de entidades internacionais, como o Fundo Malala, patrocinado pela Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai. O encontro demarca as ações do CMC  no Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização e ao enfrentamento à violência contra a mulher. Na terça-feira, o CMC havia sido contemplado com Menção Honrosa, concedida pela Cátedra Unesco/ Unicap de Direitos Humanos. O certificado foi conferido em cerimônia na sede da Unicap, no centro do Recife.

O evento reunirá mulheres da sociedade civil, gestoras de organismos de políticas públicas para as mulheres, representantes do Comitê de Monitoramento da Violência e do Feminicídio no Território Estratégico de Suape (Comfem). “Tradicionalmente  celebramos todos os anos a existência da Lei Maria da Penha (Lei federal 11.340), o que fazemos desde 2006, com o caso emblemático de Cileide Silva, que viveu 20 anos de violência doméstica, e só foi libertada quando denunciou seu agressor”.

Ah, um lembrete. Hoje começou no Recife uma campanha deflagrada pela Polícia Civil contra a importunação sexual nos transportes coletivos do Recife. “Importunação sexual não é legal, é crime”, dizem os folders distribuídos nos terminais. Pena pode ser de um a cinco anos de prisão para os importunadores. Uma unidade móvel da Polícia Civil foi disponibilizada hoje para receber denúncias e ajudar às mulheres. Ela percorrerá – em datas a serem anunciadas – vários locais da cidade.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Marcelo Ferreira / D

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