Parem de derrubar árvores (429). Obras públicas eliminam árvores na Zona Norte do Recife

É sempre assim. Onde tem uma obra pública, há árvore derrubada. Ou eliminadas em série.  O #OxeRecife, que tem a campanha #paremdederrubarárvores – em caráter permanente – volta, mais uma vez, a fazer esse triste  tipo de observação. Já aconteceu na Estrada do Encanamento,no  Parnamirim;: no Parque das Graças (Graças); na construção da Creche do Monteiro, na Estrada do Arraial, em Casa Amarela; e na implantação do Jardim do Poço, na Avenida Dezessete de Agosto, no Poço da Panela. E também nas obras de requalificação na Praça do Monteiro, perto da Ponte Jaime Gusmão, que está sendo construída entre os bairros de Monteiro e Iputinga.

Agora, as perdas são na Estrada do Arraial (perto da Farmácia Sandra) e na Avenida Rosa e Silva (à altura do futuro Parque da Tamarineira). Moradora em rua ali nas proximidades da Padaria Jardim e da Farmácia Sandra, solicitou que o registro fosse feito aqui na campanha #paremdederrubarárvores, quando o tronco degolado estava à vista, na calçada do Edifício Coliseu, que fica na esquina da Estrada do Arraial com a Rua Joseph Turton. Em cuja rua, aliás, o #OxeRecife já havia registrado perdas anteriores. E todas as árvores que existiam na calçada do Coliseu já eram. Foram erradicadas e não foi feita reposição de nenhuma.

Nas obras de implantação do Parque da Tamarineira, duas plantas adultas foram derrubadas. Parecem palmeiras

Estive no local, na semana passada. Quando cheguei, o destocamento já havia sido realizado, mas a massa de pó de serra no alegrete denunciava a ação da motosserra insana e consequente arboricídio, como pode se observar na foto superior.  “O toco da árvore já foi, agora só tem o pó no local, a motosserra estava virada hoje na Estrada do Arraial”, reclama Maria Elísio, moradora de Casa Amarela há mais de 60 anos.

“Acho que cortaram a árvore por causa da calçada nova”, diz ela, que sempre está de olho nos arboricídios do Recife, e tem visto o seu bairro antes verde se transformar em uma selva de concreto. Quem também reclamou de novas perdas em obras oficiais foi o professor Alexandre Trindade. Ele passou pela calçada do futuro Parque da Tamarineira e observou cortes, no recuo do muro do ainda Hospital Ulysses Pernambucano, em cujo terreno o parque está sendo implantado.

“Nossa cidade odeia árvores”, reclama, ao pedir para que o #OxeRecife fique de olho quanto aos arboricídios na implantação do novo parque. “Estão trocando o antigo muro por uma grade e as árvores que havia no caminho estão sendo derrubadas, há uma palmeira em risco”. Realmente há dois cortes junto à grade que vem sendo implantada no Parque da Tamarineira. Os dois pareciam ser de palmeiras, mas não dá mais para identificar as espécies sacrificadas. Mas uma coisa é certa. Em uma semana, são três são as baixas em um trecho de menos de um quilômetro, em uma mesma via. E ainda tem gente reclamando do calor do Recife da emergência climática. Ou melhor, do Hellcife.

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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