Dia Internacional Sem Sacos Plásticos. Vamos poupar a natureza?

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Os plásticos já se transformaram em um problema planetário tão grande, que o 3 de julho – que transcorre nesse sábado – é o Dia Internacional Sem Sacos Plásticos. Tudo para que as pessoas se conscientizem, tomem uma atitude e evitem descartar esse material tão nocivo à natureza nas ruas, nas praias, nos rios, no mar. Já se diz que se tudo continuar como está, os oceanos terão mais plásticos do que peixes em 2050. E aí, o problema vai transformar-se em uma tragédia tripla: ambiental, social e de segurança alimentar.

Ao longo desse texto, você vai ver alguns dos prejuízos impostos ao meio ambiente. Há setores que não estão nem aí para o problema ambiental. Recentemente recebemos aqui no #OxeRecife, notícias de um encontro de empresas produtoras de materiais plásticos, mas na informação não constava nenhuma providência nem campanha para poupar a natureza.  Também, vez por outra, chegam artigos de “especialistas”, em que afirmam que o plástico não pode ser tido como vilão da natureza. Mas já é.Todo mundo sabe que sacolas plásticas, entre outros objetos plásticos de uso único, são uma ameaça para os animais marinhos, desde o zooplâncton até bichos enormes como as baleias, que, como outras espécies marinhas, comem plástico por confundi-lo com alimento. As tartarugas confundem as bolhas transparentes boiando com águas-vivas e caravelas. Resultado, comem as sacolas e morrem sufocadas. E aí… já viu.

Por que falo só nos animais marinhos? Porque os plásticos  que são indevidamente descartados, vão para os rios e, depois, os oceanos. No Brasil não é diferente. A indústria brasileira produz anualmente cerca de 500 bilhões de itens plásticos descartáveis tais como copos, talheres, sacolas plásticas e embalagens para as mais diversas aplicações. São 15 mil itens por segundo. Pior, de acordo com o estudo Um Oceano Livre de Plástico, da ONG Oceana, só o Brasil polui o oceano com 325 mil toneladas de plástico a cada ano. De acordo com a mesma publicação, de 3,7 mil animais necropsiados no Sul e no Sudeste, dez por cento morreram devido à ingestão de plásticos. Desses, 85 por cento eram de espécies ameaçadas.

Distribuída pela National Geographic, essa foto (na Índia) é o retrato do descalabro ambiental provocado pelo uso excessivo e descarte irresponsável de plásticos. Deus nos acuda!

“Infelizmente no Brasil somente 1,28 por cento do plástico descartado é reciclado”, lamenta Beth Grimberg, Coordenadora de Resíduos Sólidos do Instituto Pólis e membro da Aliança Resíduo Zero Brasil. Nesta semana, ela participou de um webinário com representantes da Comissão de Meio Ambiente do Senado, promovido pela ONG Oceana. A Gerente de Campanhas da Oceana, Lara Ivanicki, lembra que  46 países já baniram sacolas plásticas.”Nesse 3 de julho, entra a Diretiva Europeia de Plásticos de Uso Único, aprovada em 2019”. Segundo o Presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Jacques Wagner, desde 1940, o mundo já produziu mais de 10 bilhões de toneladas de todos os tipos “Destes, 7,5 bilhões de toneladas estão espalhadas no Planeta”, disse ele, durante o encontro virtual.

Em 2020, o National Geographic mostrou o drama ambiental que o plástico vem provocando em vários países. Os programas abordaram até baleias que morreram por consumir esse material. Em 2020, não há programação especial sobre o assunto. Mas  a National Geographic Explorer aproveitou a passagem da data para lembrar que sacolas plásticas levam mais de 50 anos para se decompor, e que suas micropartículas se acumulam do ambiente. E aí os peixes as comem e nós… que comemos os peixes… Nem é preciso dizer. Lembra, ainda, que no mundo se produz 10 milhões de sacolinhas plásticas por minuto. “Se amarrássemos todas pelas pontas, poderíamos dar a volta ao mundo sete vezes por hora. Por fim, conta que já foi encontrado plástico no Pacífico a quase 11 mil metros abaixo da superfície, na parte mais profunda do oceano. Meu Deus….. Misericórdia….

Abaixo, você pode conferir algumas iniciativas interessantes para aproveitar plásticos descartados na natureza.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: PCR e National Geographic / Acervo #OxeRecife

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