Respectivamente autores dos livros lançados em 2023 – “Nunca é triste um corpo que fala eu te amo” e “Voar é a ordem” – Carlos Gomes Oliveira e Maju Cavalcanti decidiram transportar os seus versos para o palco. E o fazem a partir das 19h da sexta-feira (16/8), através do espetáculo “Na boca muitos nomes”, que será encenado no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife. Logo depois, eles pegam a estrada, porque se apresentam domingo (18/8) no Festival Pernambuco meu País, que no final de semana está em Triunfo. O município, localizado a 451 quilômetros do Recife, fica no Sertão do Pajeú.
Os dois detonam poemas que vão do romântico (“peito meu/ rebuliço meu/ ninho todo nosso/ voo todo vosso”), ao drama existencial (“o buraco é fundo/ acabou-se o mundo”), como faz Carlos. Ou que ficam entre escolhas (“saber a hora de ser fogo/ saber a hora de ser água”) a subterfúgios (“mãe / quero voltar/ me enterra/ no teu ventre / me come viva/ quero ser viva/ me redecompõe”) , como mostra Maju. O espetáculo foi criado a partir de um processo de três meses de preparação com profissionais do corpo, da interpretação de Libras e das artes visuais.
Na apresentação, eles recitam os próprios poemas. A ideia para a encenação nasceu a partir da pesquisa de imersão “Mover é um rasgar-se e remendar-se: processos de um corpo em poesia”. Informa a produção que “a poética de “Na boca muitos nomes” propõe que diferentes elementos cênicos possam ter a mesma força da poesia. Os artistas irão mover suas narrativas, emendar-se e remendar com os rasgos e fios dos demais profissionais que compõem a cena, pondo o corpo, em suas diferentes miradas, também em poesia”.
O projeto tem incentivo da Lei Paulo Gustavo. Reforçando, logo após a estreia no Teatro Hermilo Borba Filho, o espetáculo “Na boca muitos nomes” será apresentado no Festival Pernambuco meu País, dia 18 de agosto, no município de Triunfo, Sertão de Pernambuco. Já no dia 31 de agosto os artistas se apresentam no Festival Palavra Cifrada, que acontecerá na Livraria do Jardim, no centro do Recife.
Leia também
Pequeno Manual de Sobrevivência para mães artistas no Eufrásio Barbosa
Céu sangrando tinta chega ao palco do Teatro Hermilo Borba Filho
Teatro: “O estopim dourado” inspirado em obra de Hermilo Borba Filho
Apipucos com três dias de espetáculo gratuito sobre corpo e moradia
Dia Internacional da Mulher:Festival Rosa dos Ventres mostra suplício de Soledad Barret
Companhia de Dança Daruê Malungo leva Ogabára Obinrin ao Recife e Olinda
Festival Rosa dos Ventres ocupa Teatro Apolo e homenageia treze mulheres
Festival Rosa dos Ventres celebra protagonismo feminino
Mulheres ganham ruas e palcos na mostra teatral Rosa dos Ventres
Rosa dos Ventres no Casarão Maggilut
Coletiva Mãe Artista faz seminário sobre maternagem: “Deixa a peteca cair”
Mulheres viram atrizes ao levar peripécias da vida real para o palco
Mês da Consciência Negra: Começa a Semana Afro Daruê Malungo com doze espetáculos
Semana da Consciência Negra: Daruê Malungo coloca cultura afro em movimento
Recordança faz residência artística e depois apresentações gratuitas em Chão de Estrelas
Medusa, Musa, Mulher: Texto de Cida Pedrosa com Fabiana Pirro no palco
Marsenal: Violetas da Aurora levam palhacinhas dos brega ao Bar Teatro Mamulengo
Corpus Diversus leva à passarela 20 modelos com padrões G e etnias diversas
Recordança faz residência artística e, depois, apresentações gratuitas em Chão de Estrelas
Acervo Recordança pesquisa memória da dança em Pernambuco
Acervo RecorDança mapeia profissionais da dança com algum tipo de deficiência
Movimento Armorial: Livro, poeira sagrado e festa, os 25 anos do Grupo Grial
O frevo inclusivo de Werison
“O ser humano encantado do frevo”
Renata Tarub: dança e inclusão social
Grupo Totem faz noite de performances no Centro Luiz Freire
Artistas desafiam a segurança e fazem espetáculo noturno no Parque Treze de Maio
Sopro d´água: Que tal lembrar o dia da água assistindo um espetáculo de dança?
Coletiva Mãe Artista faz seminário sobre maternagem
Itacuruba, Cabrobó e Limoeiro ganham paisagens oníricas ao ladodo Velho Chico e do Capibaribe
Coletivo Lugar Comum transfere espetáculo “Segunda Pele” do palco para o mundo virtual
Coletivo Lugar Comum leva Cicatriz ao Teatro Hermilo Borba Filho
Corpo Ritual: Grupo Totem comemora 35 anos abrindo inscrições para oficina gratuita
Mulheres ganham ruas e palcos com Mostra Teatral Rosa dos Ventres
Corpo Onírico junta sonho e natureza
Acervo e memória da dança em Pernambuco
O resgate do corpo ancestral
Entranhas e estranhas marcas: Dança, fêmeas, cicatrizes
Mostra de dança acaba com três espetáculos no Santa Isabel
Conceição em Nós: Dança retrata Morro
Capoeira vira patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco
Mostra de dança tem DNA do frevo
Relacionamento abusivo vira espetáculo de dança “Eu Mulher”
Quando a dor do câncer vira dança
Dança sobre vida depois da morte
História de Brasília Teimosa vira dança
Entra apulso no palco: “Pode entrar”
Noite flamenca na terra do frevo
Quadrilhas ganham palcos
Chico Science redivivo
O homem de mola do Guerreiros do Passo
Jornada virtual, a dança da pandemia
Violetas da Aurora em movimento
Maracatu rural: as mulheres guerreiras
A única mestra de maracatu
Capiba, o gênio da música ganha espetáculo em sete ritmos
Cecília Brennand festeja mais um acerto do Aria Social com homenagem a Capiba
Capiba: Pelas ruas eu vou volta ao palco do Teatro Santa Isabel
Depois de arrebatar 75 prêmios, A Cor Púrpura faz temporada no Teatro do Parque
Mulheres viram atrizes ao levar peripécias da vida real para o palco
SERVIÇO:
Data: 16 de agosto (sexta-feira)
Horário: 19h
Local: Teatro Hermilo Borba Filho
Faixa etária: livre
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada) 1h antes na bilheteria
Mais informações no Instagram: @majucavalcantii @carlosgomes_oliveira @andersonadre
Novas apresentações, dessa vez gratuitas, serão realizadas em Triunfo (18/8) e no Festival Palavra Cifrada (31/8), na Livraria Jardim, no Centro do Recife.
Sinopse
“Na boca muitos nomes” é um espetáculo de poesia idealizado pela poeta Maju Cavalcanti e pelo poeta Carlos Gomes Oliveira. A apresentação entrelaça poemas e canções dos dois artistas, de livros lançados no final de 2023: “Voar é a ordem”, de Maju, e “Nunca é triste um corpo que fala eu te amo”, de Oliveira. O intérprete de Libras Anderson Andrade passou a integrar o espetáculo a partir de 2024 e fez parte do grupo de pesquisa formado, também, por Isabela Severi, bailarina, arte-educadora, performer, e terapeuta somática, e Bárbara Melo, artista visual, arte-educadora e designer gráfica. Durante quatro meses, esses artistas construíram uma apresentação que dialoga diferentes artes, línguas e linguagens, como as presentes na poesia, na música, na Libras, na dança, no teatro, nas artes visuais e na performance.
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Nathalia Queiroz / Divulgação