Desmatamento preocupa no Matopiba, pois cresceu 37 por cento entre 2021 e 2022

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Como se não bastasse a destruição da Amazônia, a região do Matopiba (fronteira agrícola formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), desmatou 625 mil hectares em 2022, o que significa representa um aumento de 37% em relação a 2021 e equivale a quatro vezes a cidade de São Paulo. Um horror, não é? Houve destruição naquela área de vegetação nativa Cerrado (84 por cento), Caatinga (12 por cento),  Amazônia (3 por cento), e Mata Atlântica (0,9% da Mata Atlântica).

A região abriga o agronegócio: grandes produtores de soja, milho e algodão. O cenário, em conjunto com a expansão de novas áreas para agricultura e pastagem, e a deficiência de ações de fiscalização por parte dos órgãos ambientais, contribuiu para a concentração do desmatamento”, destaca Roberta Rocha, pesquisadora do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Todos sabem que na gestão passada (encerrada em dezembro), a preservação da natureza não era prioridade. E que a fiscalização não só foi relaxada como até mesmo perseguida. Então, já viu… quem manda é a lei do vil metal, e a natureza que se dane. Vamos a ver a partir de agora, como é que o setor se comporta. Afirma André Lima, Secretário Extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima:

“Analisar os dados de desmatamento no Matopiba é fundamental para o nosso objetivo de desmatamento zero até 2030. O desmatamento na Amazônia continua em uma trajetória de queda expressiva, mas no Cerrado ainda não conseguimos estabilizar essa curva. Nosso maior desafio hoje é onde a frente da agropecuária no Cerrado é mais agressiva”.

Juntos, os estados do Matopiba englobam áreas dos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.  Em 2022, 81% dos 997 municípios dos estados do Matopiba tiveram desmatamento detectado. Além disso, 36% de todo o desmatamento na região ocorreu em apenas 10 municípios concentrados no oeste da Bahia (São Desidério, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Consentina e Barreiras); sul do Maranhão (Balsas); e e sudoeste do Piauí (Uruçuí, Sebastião Leal, Santa Filomenae Baixa Grande do Ribeiro.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto:
Divulgação 

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