Vejam que legal. Nada como organizar coleta seletiva em grandes festas populares, para poupar a natureza e gerar renda extra para quem mais precisa. Já tivemos exemplos em Olinda (no carnaval), onde cerca de 5 milhões de latinhas de cerveja e refrigerantes chegam a ser recolhidas por catadores. Em Caruaru (no São João), a expectativa era separar mais de 90 toneladas de vasilhames de vidro, material que normalmente vem sendo rejeitado pelo pessoal que vive da coleta de materiais recicláveis. Os dois casos já foram citados aqui no #OxeRecife. Pois Campina Grande (PB) – que disputa o título de “maior São João do Mundo” com Caruaru (PE) – não fica atrás, quando o assunto é recolher materiais recicláveis.
Em 2023, o ciclo junino na cidade paraibana movimentou 340 artistas nos palcos, em 32 dias de festa, atraindo milhares de pessoas de todo o país, deixando o saldo de muito lixo, claro. Mas nem todo ficou pelo chão. É que os festejos foram bombardeados com mobilização social, através da campanha “Recicla”. Resultado: 52 toneladas de resíduos sólidos recicláveis foram coletados durante todo o evento. Melhor: em 2023, houve um crescimento de 30 por cento na quantidade de materiais desse tipo recolhidos. Ou seja, treze toneladas a mais (um caminhão) do que em 2022. Em Caruaru, foram espalhados 41 pontos de coleta em locais estratégicos, para que garrafas como as long necks não fossem para o lixo comum.
Em Campina Grande, além do ciclo junino ser atração para moradores e turistas de todo o país, movimenta a economia da cidade que espera o ano todo pela tradicional festa. São cerca de 5 mil empregos gerados direta e indiretamente (1 mil apenas na montagem da estrutura), 4 mil durante os 32 dias de evento, que injeta aproximadamente R$ 500 milhões de reais na economia local e nacional. Para os catadores envolvidos na coleta, a festa também rende lucros. Com efeito duplo: milhares de produtos de embalagens recicláveis, como latinhas de alumínio, garrafas pet, papelão, vidros e outros que deixam de ir para o meio ambiente e retornam ao ciclo produtivo. Para os catadores inscritos no Projeto da Recicla, o São João de Campina Grande significou trabalho e renda extra. Os números da renda, no entanto, infelizmente não foram fornecidos.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: @kaiocads