Jornalista Vera Magalhães volta a ser alvo de ataque bolsonarista, mas agressão não a intimida

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Mais uma intolerância dos radicais de direita ligados ao Presidente Jair Bolsonaro, que não admitem a independência do poder judiciário, a liberdade de imprensa e se esforçam para fazer desacreditar o sistema eleitoral brasileiro, que é respeitado em todo o mundo. E que vivem a disseminar fake news.  Dessa vez o alvo voltou a ser a jornalista Vera Magalhães, que vem sendo sistematicamente perseguida por seguidores do ex-capitão. Ele próprio faltou com o respeito a ela em recente debate na TV.

E os aliados do Bozó terminam nele se inspirando para praticar atos tão desregrados quanto os dele.  Na terça à noite, o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos – SP) agrediu a jornalista, durante debate entre candidatos ao governo de São Paulo realizado pelo UOL, em parceria com Folha de São Paulo e TV Cultura, onde Vera trabalha. De celular em punho, o parlamentar partiu para cima da jornalista, afirmando ser ela “uma vergonha para o jornalismo”, questionando o valor do seu contrato e ainda por cima generalizando os profissionais de imprensa com um adjetivo por ele criado: “jonazistas”. Ela reagiu:

“Não tenho medo de homem que ameaça e intimida mulher. Não tenho medo de homem público, que usa o cargo para acossar jornalistas”.

Brava Vera!  Se exercer a profissão de jornalista com dignidade é ser “jornazista”,  o adjetivo pode ser retificado e atribuído ao Presidente e seus aliados, cujo comportamento “bolsonazista” é a prática comum. Este ano, duas pessoas perderam a vida, porque estavam do outro lado.  Marcelo Arruda ,tesoureiro do PT foi assassinado a tiros na sua festa de aniversário pelo guarda municipal Jorge Guaranho. O motivo: o salão onde ele reuniu amigos estava decorado com bandeiras do PT. O crime foi em Foz de Iguaçu, no Paraná. Na semana passada, um outro homem, Benedito Cardoso da Silva perdeu a vida simplesmente pelo fato de ser eleitor do PT. Ele foi agredido com faca e machado, em Confresa, no Mato Grosso. Nos dois casos, um fato em comum: os assassinos eram bolsomínions.

Em  Pernambuco, apesar dos altos índices de intenções de voto para Lula, é raro se ver carro nas ruas com propaganda do PT. No Recife, eles praticamente sumiram. Andei consultando uns eleitores fervorosos do PT e indaguei o motivo da inexistência de propaganda petista e de Lula nos seus automóveis. Todas as respostas foram iguais: para evitar agressões, vidros quebrados, chutes na lataria, como já ocorreu, aqui, várias vezes.  E depois… os jornalistas é que são “jonazistas”. 

Dá para entender?  Minha solidariedade a Vera, como mulher e como jornalista. Sei bem o que é ameaça a profissionais de imprensa. Confira, no vídeo abaixo, a reação da jornalista:

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto e vídeo: Internet / Redes sociais

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