Olha aí a meninada descobrindo coisas importantes, como método para purificar água das populações de regiões áridas do Nordeste, onde moradores da área rural chegam a consumir, muitas vezes, a água poluída de barreiros (pequenos açudes, que são utilizados para matar a sede de humanos e animais). Estudantes de Canindé de São Francisco (SE) criaram projeto para purificar água na região com… quiabos descartados. É tudo muito simples, e o custo é de R$ 0,01 por litro de água.
Os adolescentes são do Centro de Excelência Dom Juvêncio de Britto, escola pública de Ensino Médio Integral naquele município, localizado a 195 quilômetros de Aracaju. O objetivo dos estudantes era apresentar uma alternativa eficiente e sustentável que colaborasse com a ampliação do acesso à água potável e promovesse a reutilização de resíduos naturais.
A iniciativa e baseia em adição de um coagulante natural, extraído do quiabo, em água argilosa, tornando líquido apropriado para o consumo. Águas argilosas são comuns nos barreiros, e a qualidade piora à medida que as estiagens se prolongam. Desenvolvido pelos alunos Lucas Adib, Arthur Jorge e Anne Gabriela de Freitas, do 2º ano do ensino médio, o “Acendra” conquistou vaga na Feira de Conhecimento e Arte (Feconart), realizada entre os dias 19,20,21 de setembro, além da participação na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), que aconteceu de 23 a 27 de outubro.
Em atividades feitas no laboratório da escola, os alunos descobriram que a pectina, presente em plantas cactáceas, como o quiabo, serviria como um coagulante orgânico, capaz de substituir o aditivo inorgânico, que traz prejuízos à saúde. Outro benefício é que o resíduo do uso dessa mucilagem extraída do fruto, ao contrário do inorgânico, que desregula o meio ambiente quando é descartado, pode ser reutilizado como adubo.
Nos links abaixo você confere informações sobre a questão da água no Sertão, e trabalhos escolaes que chamam a atenção em Pernambuco.
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