Arraial do Sítio da Trindade tem coleta seletiva. Por que não nos outros doze polos juninos?

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Qualquer coleta seletiva, quando bem organizada é louvável, em qualquer parte do mundo e, principalmente, no Recife, onde as canaletas vivem entupidas de lixo e nossos canais, rios e até praias estão se transformando em um mar de plásticos e outros tipos de detritos. Portanto, a ação registrada no Sítio da Trindade deveria ser estendida a todos os polos juninos da capital pernambucana, pelos quais passarão 800 atrações até o final da festa. Então, dá para imaginar o total de lixo produzido. Mas a coleta seletiva, infelizmente, só foi implantada em um lugar neste São João.

E isso é muito pouco. Mas é melhor do que nada. No caso do Sítio, foi feita uma parceria com o Grupo Orizon e a Associação Nacional dos Catadores (ANCAT), sendo ali instalado um ecoponto, visando a destinação adequada do lixo produzido durante os festejos juninos. Com o apoio de catadores de materiais recicláveis da cidade, forrozeiros e comerciantes estão sendo orientados sobre a importância da separação correta dos resíduos gerados, contribuindo para a preservação do meio ambiente. E é assim que deve ser. Mas em todos os cantos, em todos os eventos, na coleta diária, também, não é? Que no Recife é muito bagunçada, quando o assunto é separação do lixo seco e do molhado.

Entre sexta-feira (23) e sábado (24), os profissionais já coletaram  no Sítio mais de meia tonelada de materiais recicláveis (573,1 quilos). Já pensaram se essa ação estivesse sendo realizada em todos os polos juninos? Ganhariam os catadores, a própria Prefeitura e a natureza. A ação durante os festejos juninos no Sítio da Trindade prossegue até a próxima sexta-feira (30), das 17h à 1h da manhã. A iniciativa também incentiva a coleta seletiva pela população, com o aumento da quantidade de resíduos recicláveis coletados e fazendo com que os recifenses reconheçam a importância do  profissional catador.

“Ao todo, 78 catadores cooperados estão envolvidos e também contam com a oportunidade de comercializar os materiais  diretamente com o Grupo Orizon, recebendo valores atrativos”, informa a Prefeitura. A ideia é que os recifenses conheçam esses profissionais e que as estações e ecopontos recebam os resíduos recicláveis durante o evento de forma voluntária, principalmente embalagens de bebidas, comidas, plásticos, metais, vidro, papel, papelão e outros. No ecoponto, os catadores estão presentes para realizar a triagem adequada dos materiais, encaminhando-os para a reciclagem, ao invés de serem simplesmente destinados a aterros sanitários. Se você tiver recicláveis em casa, aproveita e leva o seu para lá. Em Caruaru – a 130 quilômetros do Recife – foi montado esquema para recolher garrafas de bebida em vidro, material cada vez mais rejeitado pelos catadores, devido ao peso e ao baixo valor de mercado.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins / #OxeRecife e PCR / Divulgação

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