Nem o excesso de blocos se movimentando nas ruas do Recife e Olinda desanimou a turma do Grupo Bora Preservar, que nesse domingo, 16 de fevereiro, realizou mais uma edição do “Arruar”. A caminhada foi pelo centro da cidade. E, claro, o tema não poderia ser outro: “No Carnaval do Recife“, passando pelos bairros do Recife Antigo, Santo Antônio, São José e Bo Vista. Durante as duas últimas semanas, várias postagens foram feitas nas redes sociais do grupo mostrando as diversas faces do carnaval pernambucano: do frevo ao maracatu, do antigo corso do século passado à explosão do Galo da Madrugada, o maior bloco de carnaval do mundo.
Não gosto de faltar, mas dessa vez eu gazeei o passeio, o que não é comum. Mas sabe aquele dia que o seu corpo amanhece pedindo sol e mar? Foi o que aconteceu comigo. Ou eu ia à praia, caminhar, respirar a brisa, sentir o sol na pele e também mergulhar na água salgada, ou minha semana não começaria bem. Então… fui. Às vezes, a praia me convoca e eu tenho que ir, porque meu juízo assim exige. Mas pelos depoimentos das pessoas que participaram, o trajeto foi bom, com alguns caminhantes caracterizados, outros nem tanto, mas todo mundo no clima de festa, inclusive no Mercado da Boa Vista, última parada do encontro.
“Já estamos no Mercado da Boa Vista e aqui está o maior carnaval”, me informa por telefone Denaldo Coelho, Coordenador do Bora Preservar e nosso amigo. O passeio fez o seguinte percurso, saindo da Praça do Arsenal: Paço do Frevo (o equipamento cultural mais querido do Recife); estátua do jornalista, compositor, poeta e primeiro multimidia brasileiro, Antônio Maria (1921-1964); Marco Zero (principal polo de folia do carnaval recifense e onde acontece a apoteose do frevo na Quarta-Feira de Cinzas); estátua de Chico Science, criador do Manguebeat (1921-1964), na Rua da Moeda (durante o carnaval de 2025, a via será transformada em polo de samba).
O grupo ainda percorreu: Praça da Independência (Pracinha do Diário), antigo quartel general do frevo no Recife; Rua Padre Floriano, onde surgiu o Galo da Madrugada; Praça Sérgio Loreto, onde fica hoje a sede do bloco que já foi considerado o maior do mundo. O roteiro incluiu, ainda, as ruas Nova, Imperatriz e Ponte da Boa Vista, por onde passava o corso nos anos 1950 e 1960.Na época, Nova e Imperatriz reuniam o comércio sofisticado do Recife. Hoje, infelizmente ambas são o retrato da decadência do centro. Após o passeio, confraternização no Mercado da Boa Vista, que está em clima de festa, decorado com sombrinhas de frevo.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Clécio Bunzen e Denaldo Coelho / Bora Preservar
Maravilhoso seu texto Letícia. Um retrato fiel do Arruar que foi um sucesso! Você tá perdoada amiga, quando o corpo fala a gente tem que obedecer! Parabéns pelo texto!!
Realmente, o Arruar sobre o nosso carnaval promovido pelo grupo Bora Preservar foi maravilhoso. E a confraternização no Mercado da Boa Vista também. Pena você não ter participado.
Olho para as Torres da Basílica da Penha e fico lembrando quantas vezes lá assistia Frei Damião descendo para celebrar Missas no final das madrugadas. Nem sei como está a situação daquele Monumento Coríntio nem sei como estão os Lustres de Cristal da Croácia que muitas vezes o Genial Murillo La Greca ao pintar em 1939 os Afrescos daquela Igreja com sua Obra de Arte “Os Quatro Evangelistas” teve cuidados imensos como me narrou um dia Frei Jorge Massa ultimo Prior Italiano antes dos Frades Brasileiros assumirem a administração da Basílica e do Convento da Penha. As conversas que tinha com os Italianos Frei Jorge, Frei Egídio que me ensinou Canto e Teoria Musical, um Pintor Genial e Frei Teodoro um dos maiores Teólogos Italianos que conheci e tive a felicidade de aprender o Catolicismo em sua essência maior e refinada pelo pensamento humano pleno. Muitas saudades do meu Recife, hoje um imenso deserto de homens ideias. Passei por aqui para matar saudades de um espaço plenamente Pernambucano, plenamente do Recife, mas, para desabafar por ter assistido neste começo de noite um Vídeo como se encontrava hoje a Rua da Imperatriz, e me lembrei do meu Bairro de São José Amado e seu Patrimônio Histórico e Cultural, tudo deserto e destruído pelo desprezo de 24 anos de revezamento de “gestões irmãs de PT e PSB” se unindo para dizimarem uma das Cidades mais Lindas do Mundo, o Recife, nosso Recife . Silêncio, posso ser preso pois as “agências checadoras” vão chamar meus conhecimentos sobre o Recife de “fake news” e a “çábia mídia” da Província vai me chamar de dinossauro e de que nunca frequentei um “Camarote de Luxo” nos Velhos Sobrados das Ruas Desertas do Bairro do Recife no Carnaval. Imaginem um Cidadão Profissional de História e Turismo me perguntar porque um “cantor sulista” vem abrir o Carnaval na Capital do Frevo se ele nem conhece e nem frequenta o Recife ???? !!!! ROUBARAM O RECIFE DE MIM !