Dia de “Nem sempre Lily toca flauta” e festa no Marco Zero, Pátio e Arsenal

1. Eita lê lê. As opções para o Carnaval são muitas, cada uma melhor que a outra. O bloco Nem sempre Lili toca flauta, é maravilhoso. A programação tanto do Arsenal como no Marco Zero, estão ótimas. Vamos escolher e cair na folia.

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2. Bom Carnaval meu Recife, hoje faz 71 anos que aqui cheguei na Rua Antônio Henrique, numero 40, no Bairro de São José, bem colado a Sede de Vassourinhas, na Manhã do Domingo de Carnaval de 1954. Cheguei pelas mãos de Deus e de um Parteira, coisas de Pernambucano, nascer lutando nas mãos de uma Mulher, e como as Mulheres Pernambucanas nasceram lutando, por isso, elas Amam e Lutam todos os dias por seus Filhos, por nosso Pernambuco. Agradeço a Deus nesta Data, Plenamente, e como dizia minha Tia Tina….”Você é um Leão, nasceu lutando e segurando nas mãos de Deus para Sobreviver” …e me colocou numa rede, berço era coisa rico, e lá nas calçadas do meu Bairro de São José os Clarins anunciavam ao mundo minha chegada, foi assim que cheguei nesse Pernambuco Amado, nesse Recife que brigo até o fim para que ninguém o maltrate ou o abandone. Como Eu Te Amo Recife, e a Orquestra de Frevo tocava Vassourinhas para firmar minha Pernambucanidade. Já vi Mário Melo comandando concurso de Passo, já vi Dona Santa me Abraçar e Beijar alisando meus cabelos ainda infantis e me segurando nos braços, já vi Ascenso Ferreira parado entre as ruas Cristóvão Colombo e Padre Floriano e perguntando por Papai querendo tomar um café matinal das manhãs de Domingo de nosso Recife. Já vi Augusto Bandeira Fundador de Batutas de São José, de paletó branco, ensopado pelas chuvas carnavalescas do Recife entrando pelo Passo da Pátria bem na Rua Padre Floriano a frente de nosso Batutas de São José, agradecendo a Papai pelo nosso Bloco está desfilando em meio a tantas dificuldades financeiras, vinham vestidos de Mandarim, e a Música insistia no Amor a Batutas, e a Poesia de Alvaro Alvim penetrava em nossos ouvidos…”Não deixem morrer Batutas, não deixem Batutas morrer, Batutas tem um passado de luta, Viva Batutas, Batutas vai vencer”…….e eu um criança perdido naquelas emoções olhei para Papai, de lenço branco nas mãos e levantando seus braços franzinos para o alto, gritava com suas roupas também molhadas pela chuva…”Lá vem meu Bloco Amado…” , até hoje não posso dimensionar meu Amor Grandioso por Pernambuco, pelo Recife, pelo meu Bairro de São José, alí naquele gesto simples aprendi que o Recife tem sua identidade nas Festas do Carnaval, é assim que nesta data me lembro do Carnaval, nasci no Recife, existe algum Poeta ou Escritor que possa diferenciar esse Amor do Pernambucano ??? Obrigado meu Deus, vou andar pelas ruas do Recife nesse Carnaval procurando e colhendo suas estrelas, não me chamem de louco, foi assim que aprendi a Amar o Recife nestas Festas de Carnaval, ninguém, jamais, pode medir o que se passa com um ser humano ao ouvir o Frevo e se largar para o meio da rua e fazer um passo que muitas vezes o faz ir ao céus e voltar dizendo que Ama o Recife, que o Frevo é a identidade desse povo de todas as raças e credos, esteja onde estiver, e ao ouvir um Frevo sua vida renasce, numa Harmonia de Beleza Infinita e que nenhum Poeta ou Poesia pode explicar…O CARNAVAL DE PERNAMBUCO É UM GRITO DE LIBERDADE DO POVO PERNAMBUCANO, DEIXE QUE NOSSAS SOMBRINHAS TOQUEM O CÉU QUANDO PULAMOS NAS RUAS DO RECIFE, E SE PERGUNTAREM A VOCÊ QUE LOUCURA É ESSA ESSA, RESPONDA SEM TEMOR, NASCI NO RECIFE, NASCI EM PERNAMBUCO, NASCI NA TERRA QUE FORJOU A NACIONALIDADE BRASILEIRA, SOU BRASILEIRO POR INTEIRO, O FREVO É NOSSA BANDEIRA !!!

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