O nome é bom, principalmente nessa cidade, que tanto curte casos de almas penadas e fantasmas que povoam o imaginário popular: Orquestra Malassombro. No entanto, melhor ainda, é o som que o grupo produz. E uma prova disso é “Recife, início, meio e fim”, o terceiro álbum da carreira do grupo, que vai ser lançado com show no domingo (2/2), às 18h, no Teatro do Parque. Dessa vez, tão perto do carnaval, o tema escolhido não poderia ser outro: o frevo. Antes, o grupo já lançara os álbuns Orquestra Malassombro (2022), e Frevo é também procissão, de 2024), ambos disponíveis no streaming.
Sobre o novo trabalho, explica o Maestro Rafael Marques. “A proposta do álbum é falar sobre um Recife que a gente habita. O frevo canção, de bloco e de rua, já em seus títulos, histórica e tradicionalmente cantam, evocam o Recife e seus compositores, suas personalidades, ruas. E a gente resolveu fazer dessa mesma forma, mas cantando o Recife que a gente habita, do nosso tempo, dentro de um contexto social, político e artístico”.
“As dez faixas transitam por toda a versatilidade do gênero pernambucano sob inspirações profundas e prosaicas, coladas à estética da cidade ou à alma de quem nela vive, dos descaminhos ilusórios do amor à reflexão inquietante sobre a finitude, do calor da capital e das ruas à coreografia dos passos, das criaturas da folia às gírias da produção musical e à teimosia de preconceitos e desigualdades”, informa a noya de divulgação do show. “Em todas, a essência de desfrutar e absorver o Recife e as peculiaridades da vida na cidade”.
Os ingressos custam R$ 15 e estão à venda pelo Sympla e link na bio do Instagram da orquestra (@orquestramalassombro). O show de lançamento conta com participação especial de Flaira Ferro, bailarina e cantora; de Henrique Albino, instrumentista; de Surama, cantora e preparadora vocal; Laila Campelo, musicista; Arilson Correia, cantor. Recife, início, meio e fim tem dez faixas, entre frevo-canção, marcha rancho, frevo de bloco, até um curioso frevo fúnebre e outros gêneros do ritmo pernambucano. Tem : Quentura demais, Dona do meu cordão, A La Ursa vai pegar você , Sem teu amor, Parece kung fu, .Frevo retinto , Sabe trabalhar, Todas as ruas, Pro bem e pro mal, Recife, começo, meio e fim. Sobre as duas últimas, diz o Maestro Rafael:
“Pro bem e pro mal É um frevo fúnebre. “Quando compus melodia e harmonia, a referência foi o Réquiem de [Amadeus] Mozart (1756-1791), com um contexto diferente e incomum ao gênero. A música aborda a morte, a perpetuação, a vida e tudo que passa”, explica Rafael. A letra é de Juliano Holanda, com interpretação de José Karlson, cantor erudito. Recife, início, meio e fim – Faixa dá título ao álbum. “Fala sobre um Recife que a gente habita e ao qual pertence, do Bar Retalhos, da praia de Boa Viagem, do mercado de São José, de um imaginário que a gente vive e viveu”.
No vídeo abaixo, disponível no YouTube, você confere um dos trabalhos anteriores da Malassombro.
Nos links abaixo, mais informações sobre o mundo musical pernambucano
Leia também
Cristina Amaral anuncia show sobre Nelson Gonçalves
PC Silva canta inéditas no show “Eu vou ganhar o mundo”
PC Silva movimenta Terra Café com “Confra Geral”
Cantautor no Teatro Santa Isabel com o show “Linhagens Zeh Rocha 50 anos musicais”
Zeh Rocha é homenageado na próxima edição do Sarau Boa Vista, no Largo de Santa Cruz
Casa de Dulcineia tem encontro “Vem cantar” com microfone aberto e Zeh Rocha como convidado
Pabllo Moreno faz show gratuito no Teatro do Parque
Conheça a cantora Dora Martins, 17 anos que lança seu primeiro álbum
Pabllo Moreno e a Gestação da Terra
Pabllo Moreno, do baião ao blues
Dia Internacional da Mulher: conheça a cantora Dora Martins, 17, que lança o primeiro álbum
Noite promete: Cantores Almério e Martins no Teatro Guararapes
Martins brilha no rio sob o sol
Almério, Claudionor, Nonô, Nena Queiroga e Caboclinhos
Almério desempenha na Bahia
Desempenha, Almério, você vai longe
Almério e Silvério no Marco Zero
Almério é um absurdo
Música: Martins brilha no rio sob o sol
Arthur Philipe trocou a carreira camerística pela música popular
Geraldo Maia no Teatro do Parque
O Pirata José, de Bia e Alceu
Cesta de música: MPB,blacke lgbtqi+
Auto da Compadecida vira ópera
Música no Palácio atrai bikes e andantes
Maestro Spok é homenageado
Pernambucano divide palco com tabla de ZakirHuassain em Los Angeles
Diva Menner no Baião de Dois
Blues Jeans: Negro em cada canto mostra presença afro nas Américas
Capiba, gênio da música, ganha espetáculo em oito ritmos
Pátio de São Pedro: Dia de sextar com Josildo Sá
Forrozeiro bom e no samba de latada, Josildo Sá levanta a poeira no Tacaruna
Josildo Sá canta em todos os ritmos
Josildo Sá e Silvério Pessoa, o encontro do carnavial com a caatinga
Geraldo Maia canta Chico Buarque no Poço das Artes
Geraldo Maia canta e encanta no Poço das Artes
Geraldo Maia comemora aniversário : Pavão Misterioso e Lamento sertanejo
Poço das Artes: Geraldo Maia canta o Nordeste e Portugal
Os 60 anos de Geraldo Maia no Poço da Panela: “A minha história sou eu”
Geraldo Maia: voz e violão no Poço
Poço das Artes: NoelRosa por Walmir Chagas esgota reservas e tem sessão extra no domingo
Geraldo Maia canta e encanta
“Tapioca com Shark” no Poço das Artes
Poço das Artes: jazz, mpb, música portuguesa
Orquestra Pernambucana de Clarinetes anima Poço
Blues no Poço da Panela
Contracantos e contraventos no Poço
Chorinho e jazz “nordestino” no Poço
Maísa e dois rodrigos: álgebra musical
SERVIÇO
Show de lançamento de Recife, início, meio e fim
Quando: 2 de fevereiro, às 18h
Onde: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista)
Quanto: R$ 15 (ingresso social)
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Luana Olívia /Orquestra Malassombro / Divulgação