Cercadinho que impedia passagem foi retirado mas calçada piorou: tapume

Compartilhe nas redes sociais…

Desse jeito da foto aí acima, fica difícil andar com segurança na Zona Norte da nossa cidade. O #OxeRecife já havia denunciado em maio que essa calçada, na Rua Dona Ana Xavier, no bairro de Casa Amarela, havia sido ocupada por moradores de rua e fechada com um cercadinho demarcando a área em que eles improvisaram uma casinha. O pedestre não conseguia passar. Mas a situação agora é igual ou pior. Em vez de cercadinho, um tapume, tapando tudo Ninguém passa.

Certo, pessoas sem teto são sim, um drama social. Mas áreas públicas não podem ser interditadas por terceiros e muito menos impondo risco de atropelamentos a outros cidadãos. O #OxeRecife mostrou a calçada ocupada e interditada e o problema do direito de ir e vir foi resolvido. O casal e alguns animaizinhos – gatos, cachorros – permaneciam no local, mas o “portão” foi retirado. A calçada em questão é a do antigo Hiperbompreço, agora Atacadão. O problema é que a calçada voltou a ser interditada, mas dessa vez não por famílias em situação de rua.

Tapumes metálicos foram colocados no local e os pedestres que por lá passam são obrigados a disputar espaço com os carros no meio do asfalto. Um absurdo. Pois o tapume vai até uma coluna que cola com o meio-fio. Acredito que a interdição tenha sido feita ou pela própria Prefeitura ou por proprietário do imóvel desocupado, cuja marquise está em ruínas, inclusive com pedaços do teto caídos, presos por arames. Um grande risco, é verdade. E em risco estão, também, os moradores de rua que permanecem dormindo no mesmo local, apesar da situação precária em que a marquise se encontra. Cadê a Ação Social? Cadê os órgãos de controle urbano?

Em Casa Amarela calçada interditada obriga os pedestres à disputa por espaço no meio dos carros

A situação do prédio desocupado e aparentemente abandonado ameaça até a saúde pública. Pois no seu interior há lixo, atraindo insetos como baratas e escorpiões, além de ratos. E se há risco de desabamento de marquise, a interdição devem ser geral, para não colocar em risco, também, a vida de pessoas que já vivem em situação de vulnerabilidade social. Mas a família passa lá dia e noite, podendo ser atingida por um eventual desabamento. Pode, um negócio desse? Todos teriam de estar protegidos, em um caso como esse.

Vamos questionar?  1 – Por que os sem teto  dormem na área interditada e, portanto, sob risco de que possam ser atingidos pela queda da marquise? 2- Por que os pedestres  que não moram na rua estão “protegidos” com a interdição, enquanto os moradores de rua podem ficar em permanente risco de vida? A vida é o bem maior para todos, pobres e ricos, não é mesmo? 3- Por que a Prefeitura, que tem obrigação de ofertar calçadas seguras à população permite que os pedestres fiquem sem elas e se arrisquem no meio dos carros? Com a palavra, os órgãos de controle urbano e ação social.

Em maio, essa calçada foi fechada com um cercadinho, em Casa Amarela. Agora com tapume metálico (fotos acima)

Leia também
Cercadinho que impedia passagem é retirado em Casa Amarela 

Em Casa Amarela, cercadinho na calçada impede passagem de pedestres
Calçada do Hospital Agamenon Magalhães é requalificada mas pedestre fica sem espaço
Uma “piscina” no meu caminho
Uma barra de ferro no caminho
Pedestre sem vez na Avenida Recife
Parem de derrubar árvores (212)
GGE diz que fez a coisa certa
Calçadas assassinas (6): Maria das Dores da Silva é mais uma vítima de nossas calçadas assassinas
Calçadas assassinas (5): As exceções da regra e as armadilhas do caminho
Calçadas assassinas (4): Jornalista Homero Fonseca leva tombo na Estrada do Encanamento
Calçadas assassinas do Recife (3): Cais do Apolo e Avenida Dantas Barreto
Calçadas acessíveis no Cais do Apolo
Calçadas assassinas (2): Avenida Mário Pereira de Lyra no Cordeiro
Recife: calçadas e ruas assassinas
Calçadas assassinas: “É sair e cair”
Calçadas assassinas: Novas vítimas
Acidente em calçada requer até Samu
Os cem buracos do meu caminho
Perigo à vista na Rua do Futuro
Futuro de usurpações urbanas
Calçadas assassinas  do Recife também estão na  Rua do Futuro, área nobre da cidade
Com trecho abandonado, Rua da Aurora tem calçadas esburacadas e marquises desabando
Risco para o pedestre e acessibilidade zero na Avenida Norte
Avenida Norte: Reforma só atinge 12 por cento das calçadas. Pedestre corre risco
Calçadas melhoram na Av Norte. Mas…
Calçadas crateras na Avenida Norte
Oxe, cadê as calçadas da Avenida Norte?
Calçadas requalificadas começam a ceder em vários trechos
Cidadania a pé em risco na Rua do Hospício
Crea-PE faz caminhada pelo centro do Recife para avaliar condições das calçadas
Estrada das Ubaias: Calçada infecta e perigosa
Estrada das Ubaias: Risco no asfalto
Blocos intertravados: calçadas com problemas no Recife e em Jaboatão
Comunidade recupera calçadas em Casa Amarela
Crea faz caminhada para avaliar situação de calçadas do centro
Difícil ser pedestre sem correr risco
Cidadania a pé está difícil
Assim não dá: Calçada com buracos e lixo
Calçadas: acessibilidade zero
Cadê o respeito aos cadeirantes?
Um iceberg no meu caminho. Pode?
Calçadas assassinas: “É sair e cair”
Bueiros viram armadilhas mais perigosas em dias de chuva
Calçada: Que saco, torci o pé de novo
Tombos nas calçadas requalificadas
Quem chama isso de calçada…
Av. Norte: reforma só atinge 12 por cento das calçadas
Acidente em calçada requer até Samu
“Revoltado com queda na calçada”
Depois daquele tombo (12)
Depois daquele tombo
Depois daquele tombo (1)
Depois daquele tombo (2)
Depois daquele tombo (3)
Depois daquele tombo (4)
Depois daquele tombo (5)
Depois daquele tombo (6)
Depois daquele tombo (7)
Depois daquele tombo (8)
Depois daquele tombo (9)
Depois daquele tombo (10)
Depois daquele tombo (11)
Assim não dá: Calçada com buracos e lixo
Riscos para quem anda e pedala
Calçadas: acessibilidade zero
Cadê o respeito aos cadeirantes?
Um iceberg no meu caminho. Pode?
Calçadas assassinas: “É sair e cair”
Calçadas nada cidadãs na Zona Norte
Novas calçadas: 134 quilômetros até 2020
Calçada larga na Rua Gervásio Pires
Convite ao tombo no Centro
Centro do Recife precisa de Mais Vida
Você está feliz com o Recife?
Calçada dá medo na gente de afundar
Acidente em calçada requer até Samu
Calçadas cidadãs da Jaqueira e Parnamirim: todas deviam ser assim
Comunidade recupera calçadas em Casa Amarela. Essas cenas vão sumir?
O drama das nossas calçadas
Quem inventou as famigeradas tampas duplas de nossas calçadas?
Já torci o pé três vezes
Quem chama isso de calçada…
Alguém chama isso de calçada?
Andando sobre o inimigo
Perigo à vista na Rua do Futuro
Futuro de usurpações urbanas
Recife: calçadas e ruas assassinas
Os cem buracos do meu caminho
Mais uma calçada cidadã
Cidadania a pé: calçada não é perfeita
Charme: calçada para andar e sentar
Quem chama isso de calçada….
Pedras nada portuguesas
Santo Antônio sem pedras portuguesas

Texto e fotos: Letícia Lins /  Acervo #OxeRecife

 

 

 

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.