Live de Bolsonaro sobre voto eletrônico vira caso de justiça

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O Presidente Jair Bolsonaro não toma jeito. No último dia 28, “homenageou” o agricultor, na data a ele dedicada, postando a foto de um jagunço em suas redes sociais. Ao invés de uma enxada, o homem carregava uma arma. Ou seja, uma apologia às milícias privadas.   Na quinta, 29, foi novamente às redes sociais, defender o voto impresso, sistema que, se retomado, seria um retrocesso. Ou seja, aquele modelo à antiga, que fazia a festa dos chamados “coronéis” nos currais eleitorais.

Curioso é que Bozó já disputou sete cargos  eletivos – a maior parte com o sistema eletrônico – mas só resolveu contestar o modelo, depois que sua popularidade começou a despencar. O que ele quer,  na verdade, é que não haja eleição. Na sexta (30), a Rede de Sustentabilidade e o PT foram à Justiça, pedir providências contra o Presidente. A Rede entrou com ação no Supremo Tribunal Federal, solicitando que Bozó seja multado em R$ 500 mil, caso repita a irresponsável palhaçada que fez na live, inclusive falando um monte de mentiras, já contestadas por representantes das mais altas cortes jurídicas do país.

Em Pernambuco, o Senador Humberto Costa (PT) levou o caso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). Para o petista (foto), Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade e de improbidade administrativa. E fez campanha eleitoral antecipada distribuindo uma série de mentiras sobre o sistema eleitoral, com vídeos de YouTube e argumentação fajuta sobre fraude nas urnas já desmentidas pela Justiça. Ao MP junto ao TCU, o senador alegou que houve utilização de recursos públicos pelo presidente da República em atividades totalmente alheias às suas atividades, com a apropriação, inclusive, da TV Brasil para a transmissão da fala.

Em ofício dirigido ao PGR Augusto Aras, Humberto solicitou a abertura de procedimento “para apurar as infrações de responsabilidade” cometidas por Bolsonaro. Já ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, o senador afirmou que o presidente afrontou a Lei Eleitoral e os princípios da legalidade, da moralidade e da isonomia, previstos na Constituição da República de 1988, ao usar a estrutura pública para promover campanha eleitoral antecipada.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação

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