Flor da Carolina (“Pachira aquatica”) encanta frequentadores do Sítio da Trindade. Coisa linda!

Estava caminhando no Sítio da Trindade, em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, quando me defrontei com essa pérola da natureza, na ilustração aí acima. Linda flor, não é? Bati a foto e telefonei imediatamente para Jefferson Maciel, biólogo e analista do Jardim Botânico do Recife, que sempre socorre o #OxeRecife, quando alguma árvore para mim desconhecida aparece no caminho. Pela beleza da flor, não são poucas as pessoas que chegam a parar para admirar tamanha exuberância. Ela fica pertinho da sementeira daquele local histórico. A árvore é a Carolina (Pachira aquatica), nativa da América Central e América do Sul.

No Brasil, ela ocorre ao longo de estuários e margens inundáveis, entre os estados do Amazonas e Maranhão. Mas hoje é vista em qualquer parte do país, até mesmo em arborizações urbanas das grandes cidades. É tão bonita, que órgãos públicos têm utilizado a espécie para parques, jardins, até calçadas. Pois apesar de sua origem tropical, se adapta muito bem ao clima subtropical. Suporta períodos secos por até cinco meses. Mas também enfrenta geadas com temperatura de três graus, embora perca as folhas devido ao frio. Mas estas voltam a rebrotar depois, assim que as temperaturas se elevam. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife informa que há uma Carolina tombada na nossa cidade. Ela fica na Rua José Alexandre Caçador, no Bairro do Rosarinho.

Vamos lá observar? A Carolina é mais conhecida popularmente como munguba ou minguba. O nome Minguba tem origem tupi, e significa árvore de frutos com fusos negros, já que o seu fruto é muito alongado e “com sulcos no sentido de comprimento, felpudos, ferrugentos e escuros”, de acordo com o site Colecionando Frutos. Para nós, no entanto, indiscritível é a beleza de sua flor. A árvore também é chamada de manguba, mamorana, castanha-do-mato,  paineira-de-cuba, castanha do Maranhão, castanhola, entre outros nomes.  A planta atinge até 14 metros de altura, seu fruto é comestível (tem sabor parecido com o do coco seco) e pode ser aproveitado para extração de produto semelhante ao chocolate. Pensem em uma natureza generosa e linda!

O #OxeRecife ama as árvores. Possui a campanha #Paremdederrubarárvores e também #RecifeEmergênciaClimática. Na  primeira, denuncia as degolas feitas no Recife. Na segunda, as ruas desprovidas de verde, na cidade. Mas embora não tenha nome, também tem praticamente uma série sobre espécies que chamam atenção da população e também de “escriba”, que cresceu entre um pomar daqueles que faziam a festa das crianças nos quintais de antigamente, hoje ocupados por espigões. E que aprendeu a amar as árvores desde os tempos de pirralha. Abaixo, você pode conferir informações e curiosidades sobre outras árvores, tanto nativas quando exóticas.

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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