Há quem diga que a Fenearte é repeteco. Que todos os anos, o que se observa é sempre a mesma coisa. Já acho o contrário. Repetições, há sempre, claro. Mas novidades também sempre aparecem. Em 2024, o pavilhão onde ficam os 5 mil expositores não está com aquela exuberância decorativa dos anos anteriores, mas há muita coisa a ver, a conhecer, a comprar.
Um conselho: antes de usar seus ingressos para visitar a Feira, passe nos três salões externos: o 19º de Arte Popular Ana de Holanda, o 8º de Arte Popular Religiosa, o Janete Costa e, também, a 17ª Galeria dos Reciclados. No Salão Janete Costa, a curadoria é rigorosa, e as peças ali expostas são diferenciadas, e vêm sendo disputadas pelos visitantes, diante do excesso de criatividade em santos, bolsas, cadeiras, caixas, jarros, tapetes, mesas, tudo que você possa imaginar.

Há artigos interessantíssimos nos quatro espaços, muitos vendidas antes mesmo da abertura oficial da 24 ª edição da Fenearte, que se prolonga até 14 de julho, quando 14 mil pessoas deverão ter passado pelo Centro de Convenções de Pernambuco. Recomendo demais, não só aqueles quatro setores, como toda a Feira, onde há peças irresistíveis, principalmente do Nordeste, do Norte e de Minas Gerais.
Há peças muito populares e, também, aquelas mais sofisticadas. E, portanto, bem caras. Coisa de colecionador. Há algumas, tão diferentes, que chamam a atenção Caso das bolsas de madeira de Jason Gonçalves, da cidade de Belo Monte, em Alagoas. Seu espaço, na Sala Janete Costa, vem atraindo uma multidão. Na Galeria dos Reciclados, algumas curiosidades, como o artesão que transformou um ferro de engomar fora de uso em uma embarcação decorativa. Já Alcione Freitas, de Paulista, no mesmo espaço divertia a todos com sua Ciranda de La Ursas (foto). No Salão de Arte Popular , a peça Auto da Compadecida, em homenagem a Ariano Suassuna, também desperta muita curiosidade. Nos pavilhões, é andar, parar, curtir os mestres de Pernambuco, ver Saúba preparando na madeira os bonecos Mané Gostoso. Ou observar as rendeiras do Maranhão manipulando bilros.
Entre os 5 mil expositores, muita coisa para ver. Bom é andar, observar e garimpar. De Pernambuco, riquezas do Agreste, do Sertão, da Zona da Mata, até da Região Metropolitana. E um bom resumo do que se faz em todo o estado pode ser visto no estande gigante do Centro de Artesanato de Pernambuco, onde há 38 artesãos expondo produtos para lá de especiais. O estande faz sucesso. E é tanta gente, que nem para ver as coisas direito. Demanda grande pelas bonequinhas em tecido – em colares, broches, chaveiros – de Titi Mouton, as peças bordadas de Meu Paninho de Arte, os mamulengos de José Vitalino, residente em Nazaré da Mata. Outros bonecos articulados, instrumentos musicais, cestarias, cerâmicas. Ou seja, tudo que você pode imaginar.

Gente demais, no estande de Santa Cruz da Baixa Verde (parecia até a Rua das Calçadas). Não costumo passar pela ala internacional, pois ali há muito produto industrializado (made Japão, Coreia do Sul) com nome de artesanato, mas a turma geek, fã de HQ e de mangás… meu Deus, está fazendo fila.
Do artesanato internacional fico mais com os latino americanos e também o que vem da África. Mas nos últimos anos, tem aparecido muito “brebote” de gosto duvidoso.
Conforme prometi para a segunda-feira, o #OxeRecife traz abaixo programação cultural do dia 8 até 14 de julho. Os shows acontecem já na saída do pavilhão de exposições, onde está montada uma grande praça de alimentação. O Brasil e o Nordeste, principalmente, dá de 10 a zero no resto. Não é não?…..
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Serviço:
Programação cultural da Fenearte
Segunda-feira, 08/07
15h – Canário do Império
15h40 – Mano de Baé
16h20 – Banda de Pífanos Folclore Verde
17h – Derso Luiz
18h – Gabi do Carmo
19h40 – Rogéria Dera
Terça-feira, 09/07
15h – Boi Tira Teima
15h40 – Maracatu de Baque Solto Cambinda Nova de Nazaré da Mata
16h20 – As Filhas de Baracho
17h – Orquestra Iorubás de Pernambuco
18h – Tonfil
19h40 – Laís Senna
Quarta-feira, 10/07
15h – Cirandeiro Mestre Bi e a Ciranda Bela Rosa
15h40 – Maracatu de Baque Solto Galo Dourado
16h20- Bloco de Caboclinhos do Sítio Melancia de João Alfredo
17h – Nino Alves
18h – Mariana Rocha
19h40 – Rabecado
Quinta-feira, 11/07
15h – Afoxé Ara Ow Funfun (Povo dos Ventos)
15h40 – Boi Teimoso
16h20 – Bloco Lírico Seresteiros de Salgadinho
17h – Agda
18h – Tagore
19h40 – Isadora Melo
Sexta-feira, 12/07
15h – Maracatu Feminino de Baque Solto Coração Nazareno
15h40 – Bloco Rural Estrelinha
16h20- Bloco Carnavalesco Lírico Eu Quero Mais
17h – Mocinha de Passira e Sérgio Ricardo
18h – Matheus de Bezerra
19h40 – Maciel Salú
Sábado, 13/07
15h40 – Grupo Percussivo da Escola de Artes Integradas do Instituto Conceição Moura
16h20- Grupo Guerreiros do Passo
17h – Banda de Pífanos Nossa Senhora das Graças
18h – Jéssica Caitano
19h40 – Forró Escaletado
Domingo, 14/07
15h – Coco de Engenho
15h40 – Cia Agbês Show
16h20- Urso da Peleja
17h – DJ Big
18h – Saga HC
19h40 – Barro
24ª Fenearte – Feira Nacional de Negócios do Artesanato
Quando: 3 a 14 de julho de 2024
Onde: Pernambuco Centro de Convenções (Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n – Salgadinho, Olinda)
Horários:
Segunda a sexta-feira — 14h às 22h
Sábado e domingo — 10h às 22h
Ingressos:
Segunda a quinta-feira — R$ 12 (entrada inteira) e R$ 6 (meia-entrada)
Sexta-feira a domingo — R$ 16 (entrada inteira) e R$ 8 (meia-entrada)
À venda pelo site https://www.evenyx.com/24a-feneart
Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife
A cobertura jornalística que você fez da nossa Fenearte não poderia ter sido melhor, Letícia. Gostei demais do seu texto. Ficou perfeito, bem abrangente.