“A Lírica de Carlos Augusto Lira”: Lançamento de livro sobre coleção reunida por arquiteto é adiado

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Programado para o próximo sábado (15/4), na Galeria do Centro de Artesanato de Pernambuco, no Marco Zero, o lançamento do livro  “A Lírica de Carlos Augusto Lira” foi adiado para o segundo semestre de 2023, segundo informa o arquiteto ao #OxeRecife. A nova  data ainda não está marcada, porém ao invés de ser no Centro do Recife, a noite de autógrafos será transferida para Apipucos, na Zona Norte da Capital. Apipucos é o bairro onde o também colecionador reside há mais de quatro décadas. E o que ele escolheu para acomodar sua coleção de mais de 5 mil peças. Elas deram origem à cuidadosa publicação, cuja edição é de responsabilidade da Cepe – Companhia Editora de Pernambuco.

Com 346 páginas, o livro é uma festa para os olhos. Além de mostrar a riqueza do artesanato brasileiro – de Norte a Sul do País – a publicação traz também, a riqueza de objetos estrangeiros, como colares tibetanos, têxteis e máscaras da África Central, saia usada por czarinas, até mesmo vestuário infantil utilizado por mandarins. Destaque para as peças produzidas no Nordeste brasileiro, como criações dos santeiros, os ex-votos, as bilhas, as peças zoomórficas ou antropomórficas. Ou aquelas que têm as duas coisas misturadas. Além de ser famoso pelos seus projetos de arquitetura – é discípulo de Acácio Gil Borsoi e Janete Costa – o arquiteto é conhecido, também, por já ter assinado muitas vezes a decoração do carnaval do Recife, assim como a ambientação da Fenearte, que é a maior feira de artesanato da América Latina, que tradicionalmente ocorre no mês de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Colecionador, arquiteto Carlos Augusto Lira adquiriu essa casa antiga em Apipucos, para acomodar 5 mil peças

Como colecionador, Carlos Augusto não limita o seu acervo a peças populares do nosso artesanato. Seu acervo inclui obras  de artistas famosos – como Carlos Scliar, José Cláudio, Samico – pratarias, joias, porcelanas históricas. Em 2023, Carlos Augusto adquiriu uma casa antiga, na Rua da Alliança, ao lado da praça onde reside, onde acomodou quase toda a coleção de peças artesanais. Ele preferiu fazer o lançamento do livro no imóvel (foto acima) para que os leitores, amigos e admiradores do artesanato possam contemplar de perto as peças, e não apenas através das fotografias da publicação. Acha que mantê-las no anonimato seria uma atitude egoísta. Quer compartilharo acervo com o público.

Para ele não há limite geográfico para se encontrar alguma relíquia. “Uma coisa é certa, em todo lugar há um mercado de arte. Beleza não é exclusividade de Paris ou Nova York. Em todo lugar que você for, pode acreditar, você vai encontrar coisas boas. É só procurar”, comenta, com seu olho “clínico”, quando o assunto é obra de arte ou artesanato. Mas não é só olho treinado que funciona não. Para ser um bom colecionador, é necessário bater perna para garimpar.  Pode ser  em busca de uma carranca de Petrolina (no Sertão pernambucano); de mamulengos de Buenos Aires (Zona da Mata de Pernambuco); bonecos de madeira de Canhontinho (Agreste pernambucano) ou em barro, do Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais).  “É  preciso ir a feiras, brechós, visitar artistas e artesãos, bajular a velhinha que anunciou e cismou depois em não vender”, diverte-se. E acrescenta: “Eu coleciono todo dia, ou conservando o que tenho, ou comprando, ou economizando para poder continuar a comprar”. Posteriormente, o #OxeRecife trará mais informações sobre a incrível e diversificada coleção. A Editora informa apesar do adiamento da tarde de autógrafos, o livro já está à venda nas livrarias da Cepe, por R$ 250.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / Cepe e Letícia Lins / #OxeRecife

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