Alegre, colorido e girando em torno de um instrumento musical muito presente ainda na cultura do interior, o pife (pífano), e que representa a resistência e riqueza da cultura popular do Nordeste. Assim é o novo megamural que apareceu na fachada do Edifício Garagem Central, que fica na Rua da União, no Bairro da Boa Vista. O “Raiar do Pife” foi criado pelo artista Max Motta. E já pode ser visto na cidade.
O mural tem 363 metros quadrados. E foi viabilizado pelo primeiro edital público de Pernambuco que incentiva a arte urbana em edifícios da cidade. A iniciativa, promovida pela Prefeitura do Recife através do Gabinete de Inovação Urbana, contou com um investimento de R$ 75 mil. O pífano é um instrumento de sopro profundamente enraizado na cultura popular nordestina, com influências indígenas e afro-brasileiras.

Combinando graffiti e elementos da cultura local, o mural se destaca na paisagem urbana, simbolizando a valorização e preservação da cultura nordestina. Realizada pela ACabra Produções, a obra evidencia o tema do edital “Recife Cidade da Música”, comemorando a inclusão do Recife na Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria música. O projeto contou também com o apoio da Tintas Iquine, transformando a cidade em uma verdadeira galeria a céu aberto.
“A arte de rua tem o poder de comunicar, contar histórias e resgatar memórias”, afirma Max Motta. Ele é o primeiro artista do edital a realizar um megamural sem o auxílio de um projetor, utilizando um grid de letras e símbolos para guiar o início da pintura. Ele contou com os artistas assistentes Antsocial MFC, Baski, Inverso Art, Marquinhos ATG e Pene para dar vida a essa grandiosa obra que pode ser vista da Ponte Duarte Coelho e do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM).
O pífano, ou ‘pife’, é um instrumento musical emblemático nas festas e celebrações do Nordeste, presente em ritmos como frevo, forró e baião. Em 2022, as Bandas de Pífano foram reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco pelo IPHAN, destacando sua importância cultural para o Estado, especialmente no Agreste e no Sertão. A obra de Max busca resgatar a memória dos mestres e mestras ancestrais, reforçando a importância de preservar e celebrar as tradições culturais que conectam o Recife ao restante de Pernambuco.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Dondinho / Divulgação / PCR
Belíssimo mural Letícia. De quebra você nos brinda com informações sobre um dos instrumentos mais característicos do sertão pernambucano, que tem uma bela sonoridade.