No dia 25 de abril publiquei aqui no #OxeRecife uma reclamação de moradores do Edifício Tamango, localizado no bairro de Casa Forte, onde o condomínio decidiu o que é ecológica e socialmente correto: separar o lixo molhado do lixo seco. A decisão foi comunicada à Emlurb, que prometeu enviar o caminhão de coleta seletiva aos sábados.
No entanto, os moradores do Edifício informaram ao #OxeRecife que ficaram a ver navios, desde o começo da iniciativa, pois o lixo seco não foi recolhido. Pior, continua não sendo. Após a primeira denúncia, o Blog procurou a Emlurb, que informou que os caminhões são monitorados por GPS e que, sendo assim, estava comprovado que o veículo passara na Rua Ouro Preto, onde fica o prédio (número 103).
O caminhão passou, passou sim. E já o fez por três sábados, conforme o estabelecido. O fato de ser monitorado pelo GPS significa dizer que o veículo fez a rota estabelecida, o que evita que alguém brinque em serviço ou não faça o que foi determinado. Infelizmente, no entanto, não comprova que o lixo foi realmente recolhido. Segundo uma das moradoras do prédio, Rita Suassuna, por três sábados o veículo passou na via, mas o lixo ficou onde estava. Dá para entender?
“A informação que recebemos é que ele passaria todos os sábados. Passar, ele passa, mas recolher o lixo separado que é bom… nada”, contou ela, que é Professora da Universidade Federal de Pernambuco. Com três semanas de lixo seco acumulado – plásticos, papelão, latas de alumínio – os moradores do condomínio já estavam pensando em destinar os resíduos à coleta comum. “A sorte foi que apareceu uma catadora e levou tudo que tínhamos separado”, contou. É incrível que uma ação de cidadania e tão civilizada, seja tão desconsiderada pela Prefeitura, quando devia ser incentivada. Aliás, a separação devia ser obrigatória. Com a palavra a Emlurb, que é a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife, e que tem a obrigação de fazer direito tanto a coleta comum quanto a seletiva.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife