Sessão Recife Nostalgia: Leitor reclama de "harmonização facial" da cidade

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Apaixonado pelo Recife e principalmente pelo Bairro de São José – passou lá a infância e a adolescência – o leitor Edjailson Xavier Correia sente falta do Recife dos velhos tempos, diz que a cidade precisa mais do que uma simples “harmonização facial”, denuncia que ao longo do tempo a cidade foi vítima de ranços ideológicos e que ela não pertence a “grupelhos políticos”. Afirma, ainda, que os órgãos pensantes da capital pernambucana foram destruídos ou marginalizados. Durante muitos anos ele foi servidor público do município, que diz conhecer com “a palma da mão”. Passou por várias diretorias e secretarias da Prefeitura, onde inclusive ajudou a implantar o sistema de bens patrimoniais móveis e imóveis da PCR. Leitor do #OxeRecife ele sempre aplaude as postagens desse Blog a favor do patrimônio verde, arquitetônico e histórico da cidade.

Vejam o seu depoimento: “Que Deus proteja e abençoe nosso Recife, acho que tá na hora de acabar com a “harmonização facial’ da Cidade. O Recife sofre de inanição administrativa por mais de 24 anos, foi destroçado por intervenções de animações culturais nada convencionais com a vida e história da Cidade. O Recife foi administrado por ranços ideológicos e vinganças políticas, como aquela vingança de destruir a Avenida Conde da Boa Vista para acabar com os desfiles de 7 de setembro. O resultado foi o Bairro da Boa Vista ser atingido em todos os sentidos: urbanos, econômicos, financeiros e sociais. Centenas de empreendimentos sofrem até hoje com essas fantasia ideológicas, e suas habitações se tornando desertos sociais, até quando?”

E ratifica: “A cidade não pertence a grupelhos políticos ideológicos, pois é a união de seres humanos de todas as raças, credos, e condições sociais, ela não se reparte por propriedades ideológicas, quem conflita seu ambiente sofre mais tarde quando se torna vítima de si própria. Temos mais uma repetição do mesmo grupo político que domina a cidade desde João Paulo (8 anos) João da Costa (4 anos) Geraldo Júlio (8 anos) João Campos (4 anos com mais 4 anos), são 24 anos e marchando para mais 4 anos”. Ele indaga: “Será que vamos ficar teimando em dominação familiar e política enquanto a cidade falece de gestão pública temerária, sem planejamento urbano e consequentemente econômico, financeiro e social ? Chega de gestar o Recife pendurado em pesquisas mal assombradas e feitas por gente que não conhece a Cultura Organizacional e Social da Cidade”.

Para ele, “a Prefeitura do Recife não é um feudo, e dói quando vemos grandes servidores calados e marginalizados nos corredores da Prefeitura do Recife. São pessoas que conhecem profundamente a Cidade e podem ainda prestar serviços profissionais dignos e competentes para a vida do Recife”. Ejailson discorda até mesmo dos avanços digitais, que ao meu ver, facilitam a vida do recifense. “Essas Intervenções digitais não tocam o cidadão e nem a cidade, Informática é para operacionalizar e administração, para planejar, coordenar, comandar, organizar, desenvolver, construir e gestar oportunidades”. Ele destaca a importância da Emprel, que conhece desde a sua fundação. “Sempre trabalhei com todos os seus técnicos para a vida da cidade por décadas e sei de sua Importância para a vida do Recife”. E explica: “Mas era um trabalho conjunto, coeso, todos se complementavam e interagiam pela Cidade, uma Empresa como a Emprel não pode ser gestada distante dos servidores municipais de todos os níveis como fosse um ser inatingível”, afirma.

Depois, afirma que “o Recife precisa de administradores com visão estratégica, social, econômica e financeira.” Para Edjailson, a situação da cidade é preocupante. “O Recife morre dentro de desertos econômicos, financeiros e sociais gravíssimos para seu futuro como cidade e cidadania, e uma coisa não pode desvencilhar da outra. Todos os órgãos pensantes da cidade nestes últimos 24 anos foram destruídos e marginalizados”. l, econômica e financeira. Quando a Cidade do Recife vê seu centro urbano, base econômica da formação da cidade e de sua cidadania desertas e entregues ao caos urbano, social, econômico, e financeiro, é porque algo de muito grave acontece na administração da cidade”

Sem citar nomes, ele critica a estratégia utilizada pelos administradores para revitalizar o centro do Recife. “Nenhuma festinha de fim de semana com luzes e mídias vendendo ilusões vai conseguir resolver esse grave problema do centro urbano do Recife. Feliz 2025 para o Recife e seu cidadão e aos jovens que vão administrar essa continuidade de mais de 24 anos de revezamento dos mesmos grupos políticos, ideológicos e partidários administrando o Recife. E , por favor não inventem culpados e nem se sintam senhores superiores da cidade, não podemos administrar o Recife como alguns prefeitos fazem em cidades de nosso interior , passando cal em meio fios e dizendo que a Cidade tá limpa e bonita.

“O Recife é lindo pela própria natureza, mas, pelo amor de Deus, parem de tratar o Recife como uma “festinha de final de semana” , somente alí nos desertos dos Bairros de São José, Santo Antônio, Boa Vista e Recife se foram mais de 60 mil empregos e oportunidades para o futuro do Recife. Cuidemos do Recife, o Recife precisa de amor e respeito !”

Nos links abaixo, mais algumas reportagens no clima de Recife Nostalgia. Vamos lá?

Texto: Letícia Lins com Edjailson Xavier Correia
Fotos: Letícia Lins / Acervo #OxeRecife

One comment

SOFIA DE PAULA LOPES disse:

10 de janeiro de 2025 às 15:05

Concordo plenamente com o sr.Edjaillson Xavier Correia! Esse,sim, conhece e ama profundamente a cidade do Recife. Esse seria o gestor que o Recife precisa e merece.
O Recife precisa ser respeitado e levado à sério.Precisa ter alternância na gestão com candidatos comprometidos com o bom e eficiente funcionamento da máquina pública, com honestidade,competência, conhecimento da cidade e,principalmente, pensar numa cidade para todos os moradores o que significa estabelecer infraestrutura de qualidade em transporte público, postos de saúde, vias urbanas,limpeza,saneamento,áreas verdes.
Chega da exclusividade sócio- econômica da cidade ,o que tem favorecido as mesmas famílias e/ ou grupos políticos apadrinhados,verdadeiras capitanias hereditárias( de poder,dominação, corrupção e destruição da cidade).

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