“Umbilina e sua grande rival” vira unanimidade em sessão no Recife

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No final de semana fui assistir o curta “Umbilina e sua grande rival”, do Diretor Marlom Meirelles, e que é baseado no primeiro romance do jornalista, escritor e acadêmico Cícero Belmar. Aconteceu dentro do Projeto “Sempre aos Sábados”, que ocorre uma vez por mês na Academia Pernambucana de Letras, com o objetivo de aproximar o público da Literatura e das artes em geral.

O filme foi unanimidade. Todo mundo gostou.  E não é à toa que ainda em fase inicial de distribuição e participação em festivais, já tenha arrebatado dez prêmios. Com certeza, vai vir um montão de outros reconhecimentos por aí. O filme é ambientado no Sertão, onde Cícero nasceu e se criou, vivenciando a paisagem, as crenças religiosas, a literatura de cordel, as romarias, que servem de fundo para uma discussão mais profunda ente o destino, a vida e a morte.

A escriba aqui, com Cícero Belmar (autor do romance) e Marlom Meirelles (diretor do filme): unanimidade

O curta é estrelado por Marcélia Cartaxo (Umbilina) e Zezita Matos (a Morte, a grande rival de Umbilina), ambas em interpretações magistrais. Estive na APL para assistir o filme, que é em preto e branco, com uma parte colorida apenas no momento em que a personagem tem um sonho. Tem bela fotografia, cenários extremamente cuidadosos e, impressionante, conseguiu recriar o romance em tão pouco tempo já que é um curta.

A produção, aliás,  depois do filme pronto, teve que fazer um corte de dez minutos para conseguir enquadrá-lo como curta em festivais. E ele estará em todos. Tanto em pequenas quanto em grandes cidades, segundo Marlom. Após a exibição, a vez do debate, das perguntas a diretor, roteirista, elenco. Não perguntei nada, pois o filme simplesmente conseguiu dizer… tudo.

Mas fiz uma confissão. Ao longo de minha vida de maníaca por cinema, só assisti dois filmes que considero à altura dos livros por mim lindos que os inspiraram: “O Estrangeiro” (Albert Camus) e “A Morte em Veneza” (Thomas Mann). Os dois filmes foram dirigidos por Luchino Visconti, o primeiro em 1967, e o segundo em 1971. E são duas obras primas da cinematografia mundial tão importantes, quanto os livros em que se basearam. “Umbilina” foi o terceiro filme que assisti, que também não deve ao livro. Apesar de curta, direção e atores conseguiram imprimir a profundidade que a narrativa de Cícero representa, que faz da Morte uma alegoria para se repensar a vida.

Nos links abaixo, você confere mais informações sobre o filme “Umbilina”, sobre o escritor Cícero Belmar e também sobre cinema.

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3 comments

  1. Falou tudo, Letícia, como você, também assisti o filme, ao curta, melhor dizendo. E gostei imensamente. Não posso dizer que está a altura da obra porque não a li. Mas se você diz…

  2. Letícia tua matéria sobre o curta Ubelina e Sua Grande Rival , é magistral e aguçou em muito a minha curiosidade e vontade de assisti-lo !👍👍👍

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