Éryka Vasconcelos coleciona prêmios com o filme sobre esquizofrenia: seis

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Nós já falamos aqui de Éryka Vasconcelos, 39 anos, produtora cultural, diretora, roteirista, atriz, poetisa, contista e palhaça. Mas sobretudo cineasta. Pois é como diretora que ela vem colecionando prêmios, todos atribuídos ao curta O último aviso, no qual  aborda a vida de uma jovem esquizofrênica que naufraga no terror de suas próprias alucinações.  Ela fechou o ano de 2021 com chave de ouro. É que no último dia 31 de dezembro, recebeu a notícia de que o filme acabara de ganhar o prêmio do Indo Malaysia Film Festival, na categoria “melhor curta de terror”. No dia seguinte, a produção recebeu menção honrosa no Serbian International  Monthly Film Carnival, da Sérvia.

Na verdade, O último aviso está transformando a diretora em uma colecionadora de prêmios. Desde  o ano passado, eles já somam seis. Em novembro passado, o curta foi considerado o “melhor  filme de terror” da Temporada Setembro- Outubro 2021, no Nicomedia International Bi-Monthly Filme Awards (NBMFA), Festival de Izmit, na Turquia. Antes, já havia sido premiado, também como o “melhor curta de terror”, na edição de agosto do Argenteuil International Film Festival, da França. Antes, já havia arrebatado o primeiro prêmio Tagore International Film Festival, na Índia (melhor curta). E também havia recebido menção especial no Madras Independent Film Festival, de Chennai, também na Índia.

Alucinações e solidão provocadas pela esquizofrenia viram premiado filme de terror: “O último aviso”

E convenhamos, abordar a esquizofrenia na tela não é para qualquer um. Tanto que filmes sobre o assunto já chegaram às salas de projeção pelas mãos de grandes mestres. Mas Érika não teve medo de ousar. Até porque conhecia de perto a doença, que atacara uma tia (já falecida em decorrência de um acidente vascular cerebral). Mas ela imprimiu tintas fortes aos devaneios da paciente personagem que terminaram por criar um clima de terror no curta. A cineasta reconhece que o seu curta dispõe de ” dramaticidade, suspense e terror, postos pela protagonista”, que  segundo ela, “vive submersa em um mundo criado por ela mesma, o que a faz mergulhar em uma profunda solidão”. No filme, a personagem enfrenta estado avançado da doença, porque se recusa a fazer tratamento. Por aí, já dá para imaginar as consequências.

O último aviso permanece sendo selecionado para vários festivais internacionais e também no Brasil. Deve arrebatar novos prêmios. Premiação, no entanto, não chega a ser uma novidade para o coletivo ao qual pertence,  a Cia Bacurau Cultural,  que já conseguiu vários reconhecimentos com o curta A botija, o beato e a besta-fera, primeiro filme de Túlio Beat. As gravações de O último aviso ocorreram nos dias  23, 24 e 30 de janeiro de 2021, com roteiro e direção de Éryka. E direção de arte e produção de Túlio Beat. No elenco, Bruna Santos e Fabiane Lima Nazario. O filme foi realizado com incentivo a Lei Aldir Blanc. Conta com apoio da Prefeitura de Caruaru, do Governo  de Pernambuco e da Cia Bacural Cultural.  No momento, Éryka se dedica a outro projeto. É um drama, que já tem roteiro pronto e entra em fase de pré-produção e produção até meados de 2022. Será também um curta. Mas a cineasta não cessa de produzir. Já tem o roteiro de um longa, mas  ainda sem data para produção. Boa sorte!

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / Cia Bacural Cultural

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