Eles não são de escola pública, de onde saíram estudantes como Fred Ramon e Dandara Guilherme que, mesmo estudando em colégios estaduais, orgulharam colegas, professores, autoridades, conterrâneos e viraram notícia nacional. O primeiro foi selecionado para onze universidades nos Estados Unidos, em 2022. A segunda, também nesse ano, passou em três universidades estrangeiras: uma na Austrália e outras duas nos EUA. O #OxeRecife faz o registro, também, do sucesso de garotos do ensino privado, que acabam de retornar da Olimpíada Internacional de Matemática do Cone Sul, que aconteceu no Chile. É que Gabriel Bastos (15) e João Pedro Lemos (16) subiram no pódio da competição. Ambos conquistaram medalhas de prata na Olimpíada, considerada uma das mais importantes do mundo. O certame ocorreu nesse mês de agosto.
Junto aos garotos, mais dois estudantes do Brasil (um de Fortaleza e outro de São Paulo) participaram da competição. E ajudaram o País a ficar em 1º lugar em número de pontuação, ganhando para o Peru e para a Argentina. Os pernambucanos fazem o 1º ano do Ensino Médio e da turma Olímpica do Colégio GGE. A trajetória dos dois estudantes é marcada por muito estudo, dedicação e suporte familiar, aspectos que os ajudaram a chegar ao importante resultado na competição. Gabriel, por exemplo, informa que estuda não menos de oito horas diárias durante a semana. No domingo, também pega nos livro, embora um pouquinho menos. Só “quatro horas”. O percurso até a conquista das medalhas começou ainda nas Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas e Privadas (OBMEP), realizada em fevereiro deste ano. Depois de ambos passarem nas fases estaduais e regionais, também garantiram expressivos resultados na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), responsável por classificar os meninos para a etapa internacional do Chile.

Gabriel acumula diversas meda, dentre elas, duas de ouro e uma de prata na Olimpíada Brasileira de Matemática; uma de ouro e duas de prata na OBMEP; duas de ouro na Olimpíada Pernambucana de Matemática (OPEMAT) e uma de prata na Olimpíada Internacional – única vitória de Pernambuco. João Pedro não fica atrás, no quesito estudo. “Foi muito bom e gratificante sair com esse resultado. Venho estudando incansavelmente todos os dias, em torno de oito horas, e isso fez muita diferença”, contou. Aluno da Turma Olímpica do Colégio GGE desde 2020, João Pedro também acumula diversas medalhas, sendo duas de ouro na OBMEP; ouro e bronze na OPEMAT e ouro na OBM. Também foi premiado na Olimpíada de Matemática da Unicamp (OMU), com bronze em 2020 e prata em 2021.
Professor do GGE e preparador dos alunos, Márcio Gomes destaca a importância dos feitos dos garotos. “A classificação para a Cone Sul é extremamente difícil e muito concorrida, pois apenas os quatro melhores estudantes do País, com até 16 anos, poderiam ter essa chance e eles tiveram: e não só agarram a oportunidade, como trouxeram as medalhas para casa”, comemorou. Os resultados deixaram o time bastante animado para as próximas competições. Entre elas, participar da International Mathematics Olympiad (IMO), destinada aos alunos de nível médio de todo o mundo. “Sem dúvida, a participação na Cone Sul foi o resultado do Brasil mais expressivo dos últimos anos e isso nos motiva para estarmos em olimpíadas igualmente importantes no futuro”, prospectou Gomes.
Leia também
Dandara Guilherme, aprovada em três universidades estrangeiras, ganha passagens da viagem
Robótica: equipes pernambucanas voltam com premiações
Pernambucanos brilham na robótica
Equipe de Escada é a única em torneio de robótica
Fred Ramos, herói da escola pública
Rafael Costa, egresso da escola pública faz bonito no vestibular da USP
Cecília: Prêmio, poesia e pandemia
Cinco equipes pernambucanas na final do Festival Sesi de Robótica 2021
Tecnologia para resgate de cultura ancestral
“Nascente protegida é água garantida”
Trabalho escolar sobre vacina faz sucesso em tempos de Covid-19
Mata destruída vira trabalho escolar
Estudante de escola pública mostra trabalho sobre sururu em Londres
Matemática: 28 alunos premiados
Robótica: rede pública em destaque
Você tem fome de quê? De livros
A volta das cartas e dos postais
Robótica leva estudantes à Hungria
Estudante de escola pública mostra trabalho sobre sururu em Londres
Rede pública: a vez da robótica
Escola pública representada no Peru
Alunos “derrubam” 70.000 concorrentes
Estudantes de Escola Pública embarcam para Nova Iorque (Genius Olympiad)
Alunos de escola estadual em Bezerros desenvolvem aplicativo para Fenearte
Alunos fazem aplicativo para Fenearte
Drama da Paixão: aplicativo para turistas
São João: estudantes criam aplicativo
Na contramão do governo Bolsonaro
Criança Alfabetizada: destaque na educação dará prêmio a prefeitos
Os idiotas úteis e o idiota inútil
Pet vira barreira para reter lixo em canal
Alunos lançam livro na Bienal
Mustardinha: Ecobarreira vai ao Paraguai
Jardim do Baobá: Ribe do Capibaribe
Os pequenos escritores do Recife
Livros artesanais são destaque em escolas públicas do Recife
Alunos fazem livros sobre 20 bairros
Livro em quadrinhos sobre Santo Amaro
Você tem fome de quê? De livros
Mensagens positivas em muro de escola
Criança Alfabetizada: destaque na educação dará prêmio a prefeitos
Os idiotas úteis e o idiota inútil
Artur é professor nota mil
Mirtes professora nota dez
A menina que salvava livros
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: GGE e Aloísio Moreira / SEI / Divulgação