Pensem em uma orquestra clássica, mas cada vez mais “popular”. Assim é a Orquestra Sinfônica do Recife, patrimônio cultural imaterial de Pernambuco, cujos concertos contam com ingressos muito disputados pelo público. A demanda cresce tanto, que a OSR terminou duplicando o número habitual de apresentações. Pois agora há ainda mais motivo para júbilo. É que ela está completando 94 anos, e as comemorações ocorrem nos concertos de terça e quarta-feira (dias 30 e 31 de julho). As apresentações, ambas gratuitas, começam a partir das 20h, no Teatro Santa Isabel, sob a regência de Lanfranco Marcelletti Jr.
Os concertos contam com participação de solistas Anita Ramalho (soprano), Enok Chagas (trompete) e Mizael França (trombone). Entre os grandes compositores escalados para embalar a festa estão Villa-Lobos, Puccini e Nilson Lopes, além dos nordestinos Maestro Duda, Chico Science e Luiz Gonzaga. Os ingressos para o concerto de amanhã (30) estarão disponíveis no site https://ingressossantaisabel.recife.pe.gov.br/, a partir das 10h. Também serão distribuídos presencialmente, na bilheteria do Santa Isabel, a partir das 19h. Para o segundo concerto, a bilheteria virtual abre às 10h da quarta-feira (31). Também haverá distribuição de ingressos no teatro, a partir das 19h do mesmo dia.
“Teremos muito a festejar! Todas as músicas que escolhi para compor o repertório carregam um motivo a ser celebrado. Além dos 94 anos da Orquestra, comemoraremos os 30 anos do lançamento do disco Da Lama ao Caos, os 30 anos de meu primeiro concerto na Orquestra Sinfônica do Recife, os 30 anos da composição que executaremos do maestro Duda, além dos 100 anos da morte de Puccini”, afirma Lanfranco. No programa: “O Guarany” (Carlos Gomes); Prelúdio das “Bacchianas Brasileiras Nº 5” (Heitor Villa-Lobos). Em seguida, a Orquestra tocará o clássico “Mio Babbino Caro”, da ópera “Gianni Schicchi” (de Giaccomo Puccini), com a participação da soprano Anita Ramalho. Em seguida, “Suíte Nordeste” (de Nilson Lopes), cujos direitos foram cedidos para essa apresentação pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Depois, “Suite Monett” (composto por Duda, em julho de 1994, às vésperas da consagração da Seleção Brasileira como tetracampeã mundial).
A peça será executada com a participação especial dos solistas Enok Chagas (trompete) e Mizael França (trombone). Até o repertório do Manguebeat, entra em cena com execução do clássico “Praieira”, de Chico Science, com arranjo de outro grande nome da música pernambucana: o maestro Clóvis Pereira. O concerto ainda inclui homenagem a Luiz Gonzaga, com execução de uma peça dedicada a ele, composta pelo gaúcho Ciro Pereira, que teve direitos cedidos pela Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo. As apresentações da Orquestra Sinfônica do Recife, promovidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, são oferecidas sistematicamente, de março a dezembro, com acesso gratuito e facultado a todos os públicos da cidade. A OSR é considerada patrimônio cultural imaterial do Recife.
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Serviço
Aniversário Orquestra Sinfônica do Recife – 94 anos
Quando: 30 e 31 de julho
Horário: 20h
Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio)
Quanto: Entrada franca, com ingressos distribuídos pela internet e na bilheteria do teatro, uma hora antes das apresentações
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Marcos Pastich/PCR
Ótima divulgação do concerto de aniversário da nossa Sinfônica, a mais antiga orquestra em linha reta do país. Para os que não conhecem o linguajar pernambuquês, a mais antiga orquestra em atividade ininterrupta do Brasil. Permita-me só uma pequena observação, Letícia, a Sinfônica não está se popularizando; não raro ela dá espaço a composições não necessariamente de cunho erudito. Tais composições são tão ricamente trabalhadas que podem ser chamadas por assim dizer, de popular erudito. A Osesp vez por outra também faz o mesmo. Gostei demasiado do seu texto. É um convite explícito aos apreciadores da boa música.