Pelo menos dois municípios da Região Metropolitana – Paulista e Olinda – já proibiram o uso de armas de bola de gel, que vêm provocando uma série de acidentes na cidade. De acordo com a Secretaria de Defesa Social, o Estado registra dez ocorrências por dia devido ao brinquedo, que tem engrossado a quantidade de pacientes com problemas nos olhos devido aos disparos efeituados com o equipamento. Só na Fundação Altino Ventura – uma das mais movimentadas da capital – quase 70 pessoas já foram atendidas com problemas nos olhos, desde o último dia de novembro. Alguns pacientes estão com lesões graves.
No Recife, infelizmente ainda não há uma determinação oficial contra as “blasters”, que são importadas da China, em sua grande maioria. No centro da cidade, uma unidade custa a partir de R$ 90. Dependendo do modelo, o valor pode chegar a R$ 150. Na esfera estadual, não é verdade que haja proposta tramitando na Assembleia Legislativa para proibir o uso e comercialização das “espingardas” em todos os municípios pernambucanos. A primeira cidade a proibir o uso do brinquedo tão polêmico foi Paulista, que fica a 15 quilômetros do Recife. Projeto de lei apresentado pelo vereador Eudes Farias (MDB) foi aprovado na Câmara do Município e sancionado pelo Prefeito Yves Ribeiro (PT). Pela nova lei, o estabelecimento que comercializar aqueles objetos podem estará sujeito a sanções, multasse até cassação do alvará de funcionamento. Em Olinda, o Prefeito Professor Lupércio (PSD) também decidiu proibir o uso e venda do equipamento. Ele disse que está mobilizando as Secretarias de Educação, de Saúde e a de Segurança Cidadã para campanhas preventivas e educativas, em escolas, praças e bairros do município.
Ele cogita, ainda, a publicação de cartilhas orientando a população, principalmente os jovens, sobre a proibição e os riscos devido ao uso do brinquedo. De acordo com a Alepe, não foi apresentado no prazo regimental (antes do recesso de final de ano) nenhum projeto de lei proibindo o uso desse brinquedo que só tem estimulando a violência principalmente nos bairros populares das cidades que formam o Grande Recife.
“Batalhas” com balas de gel têm muitos registros nas redes sociais, nas emissoras locais de TV e só estimulam a violência. Para falar francamente, penso que essas “armas” de brinquedo nem deveriam ter tido a importação e comercialização permitidas. A ideia de desarmamento tem que começar na infância. Eu, por exemplo, jamais presenteei filhos ou filhos de amigos e parentes com armas de brinquedo. Deveriam ser banidas das lojas, pois vendê-las é banalizar o uso. Arma não serve para brinquedo. Estão vendo o exemplo das de bolas, verdadeiras “balas” de gel? Deu no que deu…
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Genival Paparazzi) / G.F.V Paparazzi / ZAP (81)995218132)/ gfvpaparazzi@gmail.com
Exatamente Letícia, um absurdo sem tamanho. Proibir já. Pode dizer que não, com vi hoje uma psicóloga dizer que esse tipo de “brincadeira” não estimula a violência, deste que tenha controle. Como? Criança não combina com armas, nem de plástico.
Palmas,pois,para o prefeito de Olinda e o vereador de Paulista que se anteciparam e proibiram o nocivo “brinquedo”.