Preocupa, e muito, a insegurança em Pernambuco. Apesar dos anunciados esforços do Governo do Estado, na última segunda-feira, a população segue com medo. E arma de fogo parece que é só o que não falta nas ruas. Um estudo que foi divulgado nesta semana pelo Instituto Fogo Cruzado mostra que em 2023, a população da Região Metropolitana do Recife já assistiu a pelo menos 1 mil tiroteios. O que indica que qualquer pessoa pode ser atingida por bala perdida, que tem matado crianças, jovens e adultos.
E até atravessado paredes de prédios, como aconteceu recentemente na Zona Sul ou atingindo mulheres grávidas, que terminaram por perder bebês. De acordo com os números, em 97 por cento dos tiroteios, houve mortos e feridos. Neles, foram baleadas cinco crianças (das quais duas morreram), 1050 adultos (dos quais 752 vieram a óbito), nove idosos (dos quais seis morreram). Entre as vítimas, há 27 mortos e feridos cujas idades não foram reveladas, incluídas um bebê que não sobreviveu à agressão, ainda no útero da mãe. Triste, não é? Não teve, sequer, o direito de nascer.
Conforme o levantamento, as cinco cidades da Região Metropolitana onde houve mais tiroteios foram Recife, Jaboatão, Olinda, Cabo de Santo Agostinho e Paulista, com respectivamente 378, 197, 109, 63 e 44 tiroteios. Ou seja, o Recife, pelo que se vê, vai mal, quando o assunto é segurança. Em Jaboatão, há bairros onde as pessoas têm medo até de colocar a cara na rua, principalmente à noite: Muribeca, Barra de Jangada, e Prazeres. Vamos ver, daqui para diante, o que acontece. Pois programa de segurança tem que ser uma política de estado, e não de governo.
No início da gestão Eduardo Campos (PSB), foi lançada o primeiro programa de segurança de Pernambuco, que teve relativo sucesso nos primeiros anos de execução, pois antes dele não só o Recife mais o próprio estado liderava as tristes estatísticas dos crimes violentos letais intencionais, alavancados pelos problemas sociais, pela inoperância da políticia, pela omissão do Ministério Público e morosidade da justiça. Mas infelizmente o “Pacto pela Vida” naufragou na gestão seguinte. Então, na segurança, tudo tem que ser conectado pois, se não for assim, tudo permanece como está: o povo com medo e saindo às ruas sem saber se volta vivo para casa. Vamos ver como ficam os números, depois que for implantado o Programa “Todos pela Segurança”, lançado pela Governadora Raquel Lyra (PSDB).
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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Ilustração / Acervo #OxeRecife