Diante da “ameaça das ameaças” Marina Silva anuncia apoio a Lula, de quem se afastou em 2008

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“Ameaça das ameaças”. Foi com esse argumento, porém sem citar nomes, que a ex-Ministra Marina Silva (Rede) anunciou hoje o seu apoio ao candidato do PT à sucessão presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é reforçar a campanha do petista que, segundo as pesquisas de intenção de votos está com distância cada vez menor em relação ao principal adversário, o Presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição. Para Marina, o ex-capitão é uma ameaça que extrapola a manutenção da democracia, conquistada pelo povo brasileiro com tanto esforço.

“Estamos diante de um quadro que é democracia ou barbárie, democracia ou aniquilação dos povos indígenas, democracia ou aniquilação do povo preto que está morrendo nas periferias, democracia ou destruição da Amazônia porque é na base da democracia que haveremos de reconstruir essas políticas”, afirmou Marina, que havia se distanciado de Lula em 2008, quando deixou o cargo de Ministra do Meio Ambiente, afirmando que o setor não era prioridade do governo petista.

Marina Silva não citou nomes, mas para bom entendedor meia palavra basta: “ameaça das ameaças”

Com a ameaça que o ex-capitão representa às instituições democráticas e também diante da distorção das políticas ambientais, Marina decidiu apoiar Lula. E, pelo que se observa, vale mais a sua representatividade do que propriamente o patrimônio eleitoral. Marina disputou três eleições presidenciais (2010, 2014 e 2018), porém com votações decrescentes.  Foi do PT, do PV e depois  à Rede. Em 2014, ela era vice do então presidenciável Eduardo Campos (PSB), que morreu em acidente de avião durante a campanha. Mas também não conseguiu chegar lá.

Maria Silva tem uma história incomum nos meios políticos brasileiros. Passou a infância vivendo um uma palafita, no meio do seringal. Alfabetizou-se já adolescente e chegou a ser professora, historiadora e psicopedagoga. Em 1990, elegeu-se deputada estadual e, quatro anos depois, chegava ao Senado, sendo a primeira seringueira a assumir cadeira de senadora no país. Virou notícia no mundo.  Para apoiar Lula, Marina Silva entregou uma proposta com 27 exigências, que foram endossadas pelo  petista. Entre elas, a criação de Autoridade Nacional de Segurança Climática; aplicação de padrão internacional de controle do uso de agrotóxicos (totalmente sem controle no governo do ex-capitão); e ainda Internet de qualidade e rápida e energia proveniente de fontes de renováveis a comunidades quilombolas, ribeirinhas e povos tradicionais.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Ricardo Stucker / Redes sociais do PT

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