A coreografia dos caboclinhos não é para qualquer um. É preciso perícia para imitá-los. Com suas fantasias coloridas – à base de penas e contas – eles ganham as ruas do Recife nessa quarta-feira (15/02). Os “caboclinhos”, muito presentes em nosso carnaval, constituem manifestação que teve origem nos povos indígenas e provavelmente durante manifestações religiosas, de culto à Jurema.
Eles se apresentam com dança marcada pelo compasso das preacas, que são instrumentos de madeira que imitam arco e flecha. E para enriquecer o ritmo, a orquestra que os acompanha é formada por instrumentos como inúbia (flauta de taquarta), caracaxá (ou mineiro), tarol e surdo. Além dos “caboclinhos”, cortejo terá, também, “tribos de índios”. As duas manifestações são muito semelhantes e até confundem os foliões. Mas os brincantes afirmam que são diferentes.
As preacas, por exemplo, não são usadas pelas “tribos”, que tiveram origem na Paraíba e caíram no gosto da folia pernambucana. Os grupos se concentram a partir das 17h, na Avenida Rio Branco, seguindo até a Praça do Arsenal. O desfile deverá durar até 19h, e pode ser observado por recifenses e turistas com a força das manifestações culturais de origem indígena, e sem a multidão dos dias de carnaval, o que garante mais conforto a quem estiver a fim de observar a manifestação, que é uma verdadeira festa para os olhos.
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Serviço
Cortejo de “caboclinhos” e “tribos de índios”
Onde: Saída da Avenida Rio Branco até o Arsenal
Horário: 17h
Participantes: Tribo Taquaraci, Tribo de Índios Tupiniquins, Caboclinhos Caetés de Recife, O Clube dos Índios Papo Amarelo, Tribo Arapahos, Agremiação Carnavalesca Tribo Uirapuru, Tribo Indígena Tapirapé, Caboclinho Uruba de Recife, Tribo de Caboclinho Tupi, Tribo Tribogé, Tribo Indígena Caboclo Tayguara, Tribo Indigena Flexa Negra do Recife, Indio Canindé Brasileiro de Itaquitinga, Tribo Caboclinho Candidé, Tribo Tupi Guarani de Camaragibe, Tribo Indigena Onça Negra, Tribo Caboclinho Tupinambá Cavaleiro, Associação dos Caboclinhos Tapuya Canide, Associação dos Flechas Negras da Tribo de Truká, Associação Caboclinho Pena Branca de Goiana, Associação dos Caboclinhos Índio Brasileiro de Buenos Aires, Tribo de Índio Ubirajara, Tribo Indígena Orubá, Os Caboclinhos dos Coités de Tracunhaém, Caetés de Camaragibe
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: PCR / Divulgação