“Foi um dos momentos mais emocionantes de minha vida. Afinal, tudo que aconteceu no dia 1 de janeiro significa uma realidade muito especial, já que o Brasil e todos os brasileiros conseguiram se livrar de ter mais quatro anos de trevas”. Foi assim, que a historiadora Sylvia Couceiro definiu a posse de Lula no domingo, em Brasília, onde esteve com um grupo de amigas, todas caracterizadas como orgulhosas filhas do Nordeste, região que garantiu a Lula o terceiro mandado para a presidência da República.
Em Brasília, Sylvia, a amiga Mônica Monteiro (D) e a irmã Lúcia Couceiro (E), fizeram questão de desfilar as cores, os símbolos e o artesanato do Nordeste, incorporando referências não só da região, mas também do Sertão. E do estado de Pernambuco, onde residem. Para manifestar o orgulho de nordestinas, elas usaram fantasias que chamaram a atenção do público que se aglomerava à espera do momento histórico da cerimônia da posse de Lula. Ao todo, eram cerca de 20 pernambucanas, usando a mesma indumentária, que foi idealizada depois de visita ao Mercado de São José, no Centro do Recife. O grupo terminou se dispersando, mas as três “donas” de “Lulinha” ficaram juntas. E quem é “Lulinha”? Era o totem do petista, em tamanho natural, que as pernambucanas usaram no Recife para fazer campanha para o então candidato à sucessão presidencial. Ralaram, com “Lulinha” marcando presença em todo canto.
Em Brasília, não estavam com o “Lulinha”. Mas fizeram o maior sucesso. “Havia muita gente de vermelho, mas eram poucas as fantasias. Encontramos um homem com roupa de cangaceiro e uma drag queen muito bem caracterizada. Então, nosso grupo terminou chamando a atenção. Até demos entrevistas para TV”, comemora Sylvia. Fantasias à parte, a cerimônia de posse, segundo Sílvia, teve um primeiro nome: “emoção”. E um segundo: “fraternidade”. Ela relata: “A multidão estava em clima de contagiante alegria. Era todo mundo se abraçando, confraternizando, comemorando o fato de termos conseguido evitar que o Brasil mergulhasse em mais quatro anos de trevas”.
Havia muitos motivos para comemorar, claro. Mas essa turma aí da foto tinha razão especial. Pois deu duro em 2022, fazendo militância espontânea, nas ruas do Recife, durante a campanha presidencial. Não houve um só dia que elas não estivessem em algum lugar do Região Metropolitana, pois criaram uma forma de deixar o então candidato Lula “onipresente”. Elas levavam o totem do petista para todas as manifestações, caminhadas, adesivaços, distribuição de santinhos. Na verdade, era um grupo de cinco mulheres militantes, mas duas das “donas” de “Lulinha” não puderam viajar a Brasília, embora vinte pernambucanas tenham aderido às fantasias que chamaram atenção, na capital federal, no domingo.
Durante a campanha eleitoral, o totem “Lulinha” ganhou uma aceitação tão grande da população do Recife, que virou personagem solicitado nas ruas, em festas de aniversário e até em casamentos. Os eleitores disputavam o totem para fazer selfies. As demandas eram tantas, que o personagem tinha até agenda e não deu vencimento a tantos compromissos. Chegou a ser fotografado junto com lideranças políticas como o Senador Humberto Costa e a hoje Senadora Tereza Leitão, ambos do PT.
Até a hoje Ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PC do B), fez questão de se deixar fotografar ao lado de “Lulinha”, que virou até alvo de reportagem aqui no #OxeRecife, durante a campanha presidencial. O grupo de “luletes” merecia ir a Brasília, vivenciar a emoção da conquista pela qual tanto lutaram. Aliás, a militância espontânea fez toda a diferença na eleição que levou Lula pela terceira vez ao Palácio do Planalto. E as pernambucanas orgulham-se de ter feito parte dessa história.
Olhem só as eleitoras do Recife brilhando, no jornal da Band. Fizeram o maior sucesso…
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação e Acervo #OxeRecife
