Por acaso tem coisa melhor do que ouvir o canto dos pássaros, e vê-los, libertos e saltitantes, na natureza? Talvez seja por esse motivo que é cada dia maior o número de pessoas que se metem em matas, para observá-los. São os birdwatchers (observadores de aves), que se espalham pelo mundo. Em alguns locais, essa prática até já se transformou em atração turística. É o caso de Antonina, que fica no litoral do Paraná, a 83 quilômetros de Curitiba. E cuja Mata Atlântica se destaca há bastante tempo nessa atividade. Ali, já foram registrados pelo menos 500 espécies, o que desperta a atenção de birdwatchers do Brasil e do exterior.
Para fazer face a essa demanda crescente, entre os dias dias 14 e 16 de março, Antonina estará em festa com o Ornithos Grande Reserva Mata Atlântica, que este ano chega à sua terceira edição. E não vai ter só observação de pássaros não, mas uma vasta programação para todos os públicos, de especialistas a simpatizantes e entusiastas, incluindo crianças. As ações ambientais, no entanto, começam antes, com mutirão de limpeza de manguezais, já no dia 12. O evento acontecerá em diversos pontos da cidade, incluindo Teatro Municipal, Armazém Macedo e Praça Feira Mar.

“Para além da observação, que é um hobbie e fonte de estudo para muitos apaixonados por aves, o evento tem como objetivo promover a conservação ambiental e o turismo sustentável na região, fortalecendo o compromisso com a (tão necessária) preservação da Mata Atlântica. A proximidade de Antonina com o Parque Nacional de Superagui, a Baía de Antonina e outras áreas de preservação favorece a presença de aves como o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), que é símbolo da conservação na região, por exemplo”, explica Marcos Maranhão, um dos organizadores do evento.
Com programação diversificada, o projeto conta com palestras com especialistas e oficinas abertas e gratuitas, porém, é preciso se inscrever para garantir a vaga. Para as palestras, que acontecem todas no Armazém Macedo, a orientação é preencher o formulário disponível no site www.ornithos.com.br. Já para as oficinas de construção de comedouros de pássaros livres, direcionada para crianças e realizadas na Praça Feira Mar, é preciso reservar lugar pelo telefone (41) 99936-8977. As saídas de observação, direcionadas para especialistas, são pagas e os interessados devem entrar em contato pelo telefone (41) 9 98682541. A programação contará ainda com exposição de artistas no Armazém Macedo e de produtos e artesanato locais na Praça Feira Mar ao longo dos três dias. Ou seja, uma verdadeira festa.
O encontro é uma realização da Leme Meio Ambiente e Cultura, Elefante Produtora e Projeto Ornithos. Ao todo, a programação do Encontro Ornithos Grande Reserva Mata Atlântica conta com nada menos de 23 atividades, que vão da limpeza de manguezais à limpeza de mirante; de oficinas a palestras, inclusive sobre espécies como a coruja-buraqueira e o bicudinho-do-brejo, e sobre o aviturismo (experiências no mundo) e turismo sustentável. Há palestras bem curiosas, como aquela que mostra a origem dos nomes científicos e populares de algumas aves da região. Entre os passeios para observação estão os dedicados às aves de altitude na Estrada Graciosa e Casa da Pedra, as da Baixada Litorânea, e ainda aves estuarinas. O Paraná não é tão pertinho, mas é sempre bom se aproximar da natureza. Portanto, quem tem dinheiro em caixa para a viagem e tempo para lazer, não deixa de ser uma boa ideia. As inscrições ainda podem ser feitas.

Nos links abaixo, mais informações sobre aves, em postagens já publicadas no #OxeRecife
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Serviço:
III Ornithos Grande Reserva Mata Atlântica
Onde:Antonina, Paraná
Quando: 14 a 16 de março, porém as atividades ambientais começam no dia 12
Inscrições:
Palestras (gratuitas): formulário disponível no site www.ornithos.com.br
Oficinas (gratuitas): (41) 9 9936 8977
Saídas de observação (pagas): (41) 9 9868 2541
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Luciano Breves / Ornithos Grande Reserva Mata Atlântica/ Divulgação
Que linda iniciativa Letícia. Que esta moda pegue, e que as reservas, ou mesmo, fraguimentos de florestas existentes, sejam palco dessa contemplação e preservação. É preciso conhecer pra preservar.