Ararajuba e outros animais são repatriados para a Amazônia

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Todo mundo sabe que as aves são os animais que aparecem no topo do tráfico de animais silvestres no mundo. E o Brasil não é exceção. Calcula-se que cerca de 38 milhões de animais sejam vítimas do tráfico por ano no país, o que representa 15 por cento do contrabando mundial. As aves ocupam percentual de cerca de 80 por cento entre os animais ilegalmente comercializados. Entre os pássaros,  ararajuba é uma das mais visadas . E não é de hoje. No Brasil colônia, a unidade do psitacídeo tinha o valor de dois escravos. A cobiça em cima desses animais de plumagem verde e amarela ainda é tão grande que a espécie, hoje, é ameaçada de extinção.

Felizmente, há projetos em desenvolvimento no Brasil para garantir a preservação da  espécie.  E uma ararajuba está entre 61 animais que acabam de ser repatriados para a Amazônia, de onde – aliás – nunca deveriam ter saído, mas o tráfico não dá trégua não. Os bichinhos foram enviados pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) para o Pará, depois de serem atendidos no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras Tangará, a quem cabe legalmente abrigar, cuidar e reintroduzir à natureza animais vítimas de tráfico ou de confinamento irregular).

Além de aves, vários tipos de quelônios foram repatriados para a Amazõnia em ação conjunta da CPRH e Ibama

A operação de retorno dos bichinhos é uma ação conjunta da CPRH e Ibama/ PE. Os animais viajaram por terra, acompanhados de quatro técnicos dos dois órgãos. Durante o percurso, receberam alimentação e foram hidratados para garantir o bem estar.  Antes da viagem, todos passaram por avaliação e exames no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres – Cetras Tangara, unidade gerida pela CPRH. Entre os repatriados estavam nove tartarugas da Amazônia e um tracajá (cágado) que viviam confinados em mini zoológico do Parque Treze Maio, no Recife, que foi fechado em outubro de 2023. Veja quais as espécies de animais repatriados: ararajuba (espécie ameaçada de extinção), três Maracanãs do buriti (“Orthopsittaca manilatus”); uma Maitaca-de-cabeça-azul (“Pionus menstruus”); dois Papagaios-campeiros (“Amazona festiva)”; uma Iraúna-do-norte (“Molothrus oryzovorus”); 38 Tracajás (“Podocnemis unifilis”: 14 adultos e 24 filhotes) e 5 Tartarugas-da-amazônia (“Podocnemis expansa”).

As aves, com a exceção da ararajuba, foram deixadas no CETRAS da Universidade Federal Rural da Amazônia. Elas vão passar por um período de descanso da viagem e por novas avaliações para, posteriormente, serem soltas. A Ararajuba foi deixada no Projeto da Fundação Lymington voltado para a reintrodução da espécie no parque do Utinga, da Iderflor-Bio. Os cágados foram soltos no rio Guamá, no município de Belém-PA. Durante a viagem de volta, os técnicos do Ibama e CPRH repatriaram dois animais para a Região Nordeste, uma jaguatirica (“Leopardus pardalis”) para o CETAS de São Luís/MA, e um sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) para o CETAS de Teresina/PI.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: CPRH/ Divulgação

2 comments

  1. Notícia maravilhosa Letícia. Que tantos outros sejam repatriados aos locais de origem. A fauna é flora pedem socorro e ações de preservação.

  2. Ainda bem que estão de volta ao seu habitat e que vários projetos desenvolvem ações para a preservação das espécies ameaçadas de extinção.

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