Mais uma para a nossa série “Calçadas Assassinas do Recife“, que são aquelas que não dão nenhuma segurança ao pedestre, que oferecem vários riscos, inclusive de quedas. Essa da foto acima foi registrada durante a última edição das Caminhadas Domingueiras, lideradas pelo urbanista, arquiteto e consultor Francisco Cunha.
Cunha, aliás, é um ativista do Movimento Cidadania a Pé, e até faz conferências que mostram números que traduzem a importância das calçadas para a população, da qual “dois terços se locomovem diariamente a pé nas cidades brasileiras”. Ou seja, “um terço que vai ao trabalho exclusivamente a pé, e outro terço como usuário do transporte público, que usa as calçadas no trajeto de ida e vinda do trabalho”.
Mas no Brasil,e principalmente no Recife, ninguém está nem aí para isso. Essa calçada com a “armadilha” fica bem pertinho da sede da Prefeitura, ali, no Cais do Apolo. Ela representa um risco grande para os pedestres, principalmente à noite, para as pessoas distraídas (meu caso), pessoas cegas ou com baixa visão. E está bem pertinho da Praça Tiradentes, sobre a qual falamos aqui, no bairro do Recife. No entanto, nem tudo está perdido naquela via. Encontramos calçadas acessíveis na sede do Tribunal Regional Federal da Quinta Região, que foram requalificadas pelo próprio órgão.
No Bairro de Santo Antônio, andando pela Avenida Dantas Barreto, bem pertinho da Avenida Guararapes, nos defrontamos com calçadas de pedras “portuguesas”, totalmente detonadas. Buracos, pedras soltas, irregularidades no nível, um horror. Aliás, isso é a regra na maior parte da cidade, no centro, nos bairros, nos altos. Uma amiga minha sofreu um acidente horrível em uma calçada dessa, devido a uma pedra solta. A tira da sandália enganchou e ela torceu o joelho. Passou um mês com a perna imobilizada.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife