Com os índices de popularidade em queda livre, o Presidente Jair Bolsonaro foi alvo de manifestações em pelo menos 25 estados nesse sábado, quando milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra a permanência de Bozó no poder. Reclamam da política genocida – diante da desastrosa condução da pandemia no país – dos cortes na educação, do desemprego, do crescimento da fome, das afrontas às instituições democráticas.
Já está bom de reclamar, também, da inflação – da disparada nos preços dos alimentos, dos remédios, da gasolina- do gabinete do ódio, das fake news lá produzidas, da defesa de instrumentos que marcaram a ditadura, dos constantes atentados contra a natureza. No Recife, o ato, felizmente, transcorreu eu paz. Contou com presença de partidos políticos, estudantes, organizações sociais, entidades sindicais, povos indígenas e até grupo folclórico, como foi o caso dos bacamarteiros, que animaram a manifestação, com suas roupas azuis, que lembram as dos cangaceiros.
A recomendação era que o protesto ocorresse em fila indiana, para evitar aglomeração, devido à pandemia. Mas ela sempre acontece, não há como controlar uma multidão. Os manifestantes saíram da Praça do Derby por volta das 10h da manhã e foram até o Bairro da Boa Vista, onde houve a dispersão no meio da chuva. Não sei em quantas cidades brasileiras as manifestações ocorreram. Mas a previsão era que houvesse protestos em mais de 200 municípios, sendo 41 localizados no Nordeste, dos quais sete em Pernambuco.
Também estavam previstas manifestações feitas por brasileiros em 17 localidades no exterior, em países como Portugal, Alemanha, Canadá, Itália, Estados Unidos. E o homem ainda acha que é o rei da cocada, o mito, o “messias”. Para muita gente, no entanto, ele está mais é para besta fera mesmo. É, como disse ainda antes da eleição, uma dupla de violeiros e cantadores: “Bolsonaro é a marca do
passado”. Mas os brasileiros precisam é de olhar para o futuro e não é época para retrocessos.
Gripadíssima – hoje fiz até o RT-PCR- não fui à manifestação para me poupar E também poupar os outros, pois os tempos pandêmicos não estão para brincadeira. Por esse motivo, acompanhei a movimentação pelas redes sociais e pelos grandes veículos de comunicação. Hoje não deu para marcar presença nas ruas. Mil perdões aos leitores e à democracia!
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Reprodução da TV Globo