Criada em 2012 e, portanto, completando uma década a Estação Ecológica Serra da Canoa foi a segunda unidade de conservação instituída em Pernambuco para proteger a caatinga. O bioma, predominante no Sertão, é exclusivo do Nordeste e do Brasil. Aliás, ele é um bioma único no mundo. Geralmente associada às secas e à vegetação esturricada, a caatinga é muito rica e surpreende pela resiliência.
A Esec tem 7 mil hectares e fica no município de Floresta, localizado a 439 quilômetros do Recife. De acordo com levantamento biótico (fauna e flora), a Esec possui cactos, bromélias, juazeiro, imburana, angico, catingueira, espécies endêmicas da flora região. Na fauna, destacam-se lagartos, serpentes, papagaio-verdadeiro e o pintassilgo-do-nordeste, sendo estes dois últimos ameaçados de extinção.
Para marcar a primeira década de funcionamento da Esec Serra da Canoa, a Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh) promoveu ali a soltura de 30 pássaros silvestres, que foram apreendidos em cativeiro ou no tráfico. Entre as aves reintroduzidas à natureza, encontram-se galo-de-campina, canário-da-terra, papa-capim, tico-tico, patativa, cravina, mané-mago, papa-arroz e azulão.
Os animais voltaram à natureza, após passarem um período de recuperação e reabilitação no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras Tangara), unidade administrada pela CPRH. A ação contou com a participação da gestora do Cetras Tangara, Jóyce Brito, do gestor da Esec Serra da Canoa, Erickson Francisco e de técnicos da Unidade de Educação Ambiental (UEAM), da CPRH. De acordo com Jóyce Brito, os pássaros vão repovoar áreas em que sua presença está ficando cada vez mais rara por conta da caça predatória ilegal.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cprh / Divulgação