É sempre de lá que vem. Da Amazônia. Pelo menos, todas as informações sobre apreensão de madeira clandestina que chegam aqui no #OxeRecife é de material vindo da Região Norte. Mais precisamente do Pará. A última carga veio em volume triplo: três caminhões, somando total de 150 metros cúbicos de madeira irregular.
A apreensão foi feita pela Polícia Rodoviária Federal, na BR 407, à altura do município de Petrolina, localizado no Sertão de Pernambuco, a 769 quilômetros do Recife. A carga, sem nota fiscal, saiu de Belém, no Pará. Ia para a cidade de Feira de Santana, na Bahia. E que fica a 116 quilômetros de Salvador. Não é a primeira vez que acontece esse tipo de flagrante no mesmo trajeto.
A descoberta foi feita durante abordagem para fiscalizar carga de madeira nativa serrada. Os três caminhões tinham notas fiscais iguais e, portanto, falsas. A diferença era apenas a placa dos caminhões, em anotação grosseira, de caneta. Ou seja, as notas podem ser frias. Os três veículos foram apreendidos e encaminhados para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que fica em Juazeiro, na Bahia para continuidade dos processo legais.
O primeiro caminhão foi fiscalizado no quilômetro 99 daquela rodovia, e os outros dois no quilômetro 117. É… A motosserra insana está virada, e o arboricídio virou a marca registrada do Brasil. Se o Capitão não estivesse de férias, provavelmente ia falar mal da ação da PRF, como fez já várias vezes quando um fiscal apreende uma carga de madeira. Mesmo que sua origem seja duvidosa ou criminosa. E a coisa era tão acintosa, que ele próprio não teve como segurar seu antigo pau mandado, o então famigerado Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Era tão “amigo da natureza”, que passou para a história como único do Brasil a ser repudiado por todos os seus antecessores. O resto, é o que vocês já sabem.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: PRF/ Divulgação