Gente, fico tão preocupada quando vejo cenas como essa da foto. E olha que nada menos de 32 árvores já foram eliminadas desse terreno, para a implantação do Jardim do Poço. Essa área era muito arborizada, mas foi sendo devastada desde a destruição criminosa da Casa de Saúde São José, que era uma pérola da arquitetura do início do século 20.
O casarão belíssimo e que estava sendo alvo de processo na Prefeitura para ser transformado em imóvel especial de proteção (IEP), foi demolido criminosamente nas caladas da noite. Em seu local, seria implantado uma loja do Carrefour, que a população botou para correr. Depois, o terreno seria utilizado por um lojão do Atacado dos Presentes. A comunidade, mais uma vez, se mobilizou por achar que a estrutura viária do bairro não comportaria um comércio de grande porte.
E terminou ganhando uma área “verde”, o Jardim do Poço. Ops… verde? Nem tanto. Pois não foram poucas as perdas de árvores seculares que davam conforto térmico a ruas vizinhas como a Luiz Guimarães, a Avenida Dr Seixas e a própria Avenida Dezessete de Agosto. Revelam moradores das redondezas que a retirada das árvores já mudou a sensação térmica do entorno. Infelizmente isso tem sido comum no Recife: o sacrifício de árvores adultas para se implantar áreas “verdes”. E exemplos por aí estão de prova como ocorreu no Parque das Graças, na construção da Creche do Monteiro, na requalificação da Praça do Monteiro e nas obras da Ponte Engenheiro Jaime Gusmão. E no próprio Jardim do Poço.O #OxeRecife fez registros a respeito em sua série #paremdederrubarárvores, que tem caráter permanente nesse espaço.
Como se tudo não bastasse, há alguns dias moradores do Poço fotografaram esse coqueiro, tão estatelado no chão, que mais parece um carimbo. Ou uma sombra. Mas não é não. É menos um ponto verde mesmo, na cidade do Recife. Acorda prá Jesus, meu povo, que as mudanças climáticas estão jogando seus efeitos na cara da gente…. Abaixo, portanto, o arboricídio e a motosserra insana.
Nos links abaixo, você confere histórico de degolas (isoladas) ou coletivas no Poço da Panela. E também um histórico sobre a luta da comunidade para a realização do Parque Jardim do Poço.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Liliane Favero Athayde/ Cortesia
Parabéns! Por que não criamos um espécie de “ pena” a ser cumprida por degolas do projeto?
Não se tem “ Serviços sociais comunitários” a marginais que Causam danos à comunidade?
E os danos ambientais como poderão ser cobrados, heim ? Quem os repararão?
Será que já não existe uma boa legislação a esse respeito a ser cumprida?
Penas por degolas…..
Amiga Letícia, mais uma vez me solidarizo com você, uma forte voz em defesa da cultura, da preservação do patrimônio e do meio ambiente. Infelizmente estamos nas mãos de pessoas que não enxergam os graves problemas climáticos que enfrentamos hoje. Porém as suas denúncias são importantes para que a gente possa melhorar as futuras escolhas para administrar o Estado e as Prefeituras.