Embora tenha se mostrado um bom gestor, muito bem avaliado por sinal, o Prefeito João Campos (PSB) tem dois pontos críticos que, espera-se, melhorem durante um seu segundo mandato. Um é a revitalização do centro do Recife, que continua decadente e desértico. O outro é a questão da limpeza urbana. Embora esse tipo de serviço tenha evoluído em relação à gestão anterior (que transformou o Recife em um chiqueiro) ainda encontra muitos gargalos: os coletores (ecopontos) não têm compartimentos separados para detritos recicláveis; condomínios não costumam separar os diversos tipos de lixo e os que o fazem, reclamam da irregularidade da coleta seletiva da Emlurb. E o desmantelo é geral em se tratando de casas de recepções, bares, restaurantes, que costumam botar nas calçadas tudo misturado: caixas de papelão, pallets, garrafas de vidro, vasilhames de plástico, metal. Ou seja, uma bagunça. Se formos lembrar – também – o emporcalhamento nas praias do Pina e de Boa Viagem, a gente vê que o setor limpeza urbana deixa muito a desejar na nossa cidade.
O adubo produzido é aplicado como fertilizante natural em cerca de 70 unidades produtivas atendidas pela SEAU, entre eles escolas e creches municipais, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e unidades de saúde, além de apoiar terreiros e outros projetos da sociedade civil. Resíduos de varrição, capinação, pó de café e sobras alimentares são processados no pátio de compostagem, reforçando a agricultura urbana e promovendo o desenvolvimento agroecológico do Recife. Está em andamento um projeto piloto para o reaproveitamento e destinação consciente de resíduos orgânicos dos mercados e feiras públicas da cidade, em parceria com as autarquias Conviva Mercados e Feiras, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), e as Secretarias de Saúde, Saneamento e de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas (SDSDHJPD).
Mas… pelo menos o lixo orgânico do Recife tem encontrado uma política mais adequada, via Secretaria Executiva de Agricultura Urbana, com ações que unem sustentabilidade e inclusão social. Até setembro deste ano, o Sistema Agroflorestal Urbano e Compostagem (SAFUC), localizado no edifício-sede da Prefeitura, no bairro do Recife, converteu cem toneladas de resíduos orgânicos secos e molhados em 58 toneladas de adubo. Esses resíduos, provenientes do edifício-sede e das feiras da Encruzilhada e do Cais de Santa Rita, tiveram seu destino final alterado, evitando o envio para aterros sanitários. A iniciativa também impediu a emissão de cerca de 80 toneladas de dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄) e outros gases na cidade.

“Iniciamos no Mercado da Encruzilhada, escolhido por gerar uma pequena quantidade de resíduos, o que permitiu avaliar o processo. Em seguida, o projeto, ainda em fase experimental, foi ampliado para a feira do Cais de Santa Rita, onde observamos um volume de resíduos cerca de três vezes maior. Nossa meta é expandir essa iniciativa para outros mercados e feiras”, afirma Adriana Figueira, secretária executiva de Agricultura Urbana do Recife. O sistema de compostagem conta com uma equipe formada por uma engenheira agrônoma e sete reeducandos, que participam ativamente na produção de adubo orgânico, mudas e plantio, adquirindo conhecimentos sobre o cuidado com o solo, os benefícios das plantas e o cultivo de alimentos.
Interessados em visitar o projeto ou buscar apoio para implantar hortas, roçados ou pomares urbanos voltados à produção agroecológica comunitária podem solicitar assistência técnica, mudas, insumos, treinamentos e outros recursos, tanto para terrenos públicos quanto privados, pelo Conecta Recife ou pelo e-mail agriculturaurbana@recife.pe.gov.br. Bem que quem quer fazer compostagem individual e hortinha no fundo do quintal podia, também, ter uma orientaçãozinha, não é?….
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Hélia Scheppa / Divulgação / PCR
É Letícia, essa mudança já pode ser vista, ainda é pequena, mas vejo uma luz no horizonte. Que os próximo gestores dê continuidade e expanda esse projeto. A natureza agradece