“Justiça ambiental”: Representantes de três países visitam Semiárido

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Representantes de três países da América Latina encontram-se em Pernambuco para o Intercâmbio de Saberes dos Semiáridos da América Latina. O encontro internacional é voltado para soluções climáticas em regiões como o Sertão e o Agreste brasileiros. São onze  jovens, homens e mulheres que trabalham com a agricultura, em projetos apoiados pela agência de cooperação internacional Terre des Hommes Schweiz. Vindos da Guatemala, Colômbia e El Salvador, eles ficam doze dias no Brasil, para trocar experiências com sertanejos sobre práticas de adaptação climática e justiça ambiental entre diferentes países. O evento acontece até o dia 8 de novembro, e inclui visitas aos estados de Pernambuco e Paraíba.

O Intercâmbio é organizado pelo Centro Sabiá e pela Plataforma Semiáridos América Latina, com o apoio de Terre des Hommes Schweiz. É fruto, também, de parceria com a AS-PTA (Agricultura Familiar e Agroecologia) e com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. O objetivo é promover a troca de experiências sobre práticas de adaptação climática e justiça ambiental entre diferentes países latino-americanos. Os intercambistas serão recebidos no Recife, capital pernambucana, pelo Centro Sabiá. Depois, seguem para o interior, onde visitarão comunidades rurais no Agreste e Sertão de Pernambuco e Paraíba, e a resiliência no meio da Caatinga. O bioma, aliás, é exclusivo do Nordeste do Brasil. Ou seja, não existe em nenhum outro lugar do mundo.

No Sertão, em plena caatinga, pequenos fazendeiros e sitiantes enfrentam a adversidade climática com conhecimento

Os agricultors ficam no Estado até o dia 5 de novembro, quando visitarão os municípios de Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde (Sertão do Pajeú); e Vertentes, Surubim e Caruaru (Agreste). Vão conhecer sistemas agroflorestais, grupos que vivem de artesanato, produção agrícola conectada com feiras  agroecológicas, e terão um mini curso sobre agroflorestas.

Também conhecerão o sistema comunitário de construção de cisternas. Em Caruaru, vão visitar a Fazenda Normandia, do MST, para compreender o processo de luta pela terra dos campesinos brasileiros. Ainda em Caruaru, visitam Alto do Moura, um dos maiores centros de artes figurativas da América Latina. No dia 6 de novembro, a comitiva segue para o Polo da Borborema, na Paraíba, para vivenciar outras iniciativas que promovem o empoderamento econômico de agricultores, a exemplo do Fundo Rotativo Solidário. No estado vizinho, conhecem a experiência de mercados agroecológicos, em Campina Grande e Lagoa Seca.  

Representantes de três países conhecem a resiliência dos sertanejos, diante dos problemas climáticos

A proposta do intercâmbio é destacar o Semiárido brasileiro como um exemplo global de resiliência (o que ocorre não só por conta de ajuda oficial, mas sobretudo devido à mobilização da sociedade civil, ONGs, Sindicatos, etc. Carlos Magno Morais, coordenador de mobilização social do Centro Sabiá e representante da Plataforma Semiáridos América Latina no Brasil, explica a importância do Intercâmbio:

“As comunidades do Semiárido, que historicamente enfrentam secas extremas, acumulam um conhecimento valioso que pode ser compartilhado com outros biomas ao redor do mundo. Este intercâmbio reforça a importância de colocar o Semiárido no centro das discussões climáticas globais. A justiça climática deve ser uma prioridade. As populações do Semiárido contribuíram pouco para as emissões de carbono, mas estão entre as mais afetadas pelas mudanças climáticas. Esse intercâmbio fortalece a troca de saberes e soluções que podem promover justiça e resiliência em escala global.

Nos links abaixo, você confere mais informações sobre o Agreste e o Sertão

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Túlio Martins, Ronald Santos e Ana Mendes /Acervo do Centro Sabiá

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