João Victor é o primeiro aluno da escola pública no Brasil na etapa final da Olimpíada de Química

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João Victor Sales, 17 anos, é o primeiro aluno matriculado em rede pública a ser selecionado para a etapa final da Olimpíada Brasileira de Química 2022. Ou seja, é primeira vez que um estudante chega onde ele chegou, sem que tenha vindo o ensino privado. Ele cursa o terceiro ano do ensino médio da Escola de Aplicação do Recife FCAP/UPE. A classificação ocorreu porque o jovem conquistou uma medalha de ouro na modalidade A, que envolve alunos do primeiro e segundo ano do ensino médio, na competição do ano passado.
O feito dele é inédito. Pois João Victor é o primeiro aluno a conquistar uma medalha de ouro nessa modalidade. E também o único do Brasil oriundo da rede pública estadual nos 28 anos de existência dessa competição a disputar uma vaga para participar de uma olimpíada internacional. A maratona de provas acontece no dia 20 de maio e será aplicada na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).  Ele irá se submeter a cinco horas de exame com provas teórica e prática, envolvendo assuntos como química, físico-química, analítica, orgânica, inorgânica, entre outros.
 Ao todo, 15 estudantes do segundo e terceiro ano do ensino médio do Brasil foram classificados para essa etapa da competição, sendo que apenas oito serão selecionados para participar de duas olimpíadas internacionais: a Olimpíada Internacional de Química, que acontecerá na Suíça, e a Ibero-Americana de Química, que será em formato remoto.  O aluno afirma que as Olimpíadas de Química sempre foram encaradas como um desafio que o fez crescer como estudante e indivíduo, ampliando seus conhecimentos e suas oportunidades.
“Comecei a estudar aos poucos. Inicialmente, com pouco interesse, mas fui me envolvendo cada vez mais até me identificar com a química de forma que jamais conseguiria fora desse projeto. Apesar desse processo ser intenso e bastante competitivo, não vou desanimar, pois já me sinto vitorioso em chegar tão longe. Por isso, vou sempre continuar estudando e lutando para crescer. Gosto de pensar que tudo isso seja apenas o começo e posso, assim como na olimpíada, crescer muito na minha vida”, salientou.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Felipe Ferrera / Divulgação

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