Fred Caju lança livro de poemas no Rio: “Bívio” tem “Verde-Água” e “Uma noite para um barco”

O pernambucano Fred Caju é  figurinha conhecida nos meios literários do Brasil.  Aliás, um agitador cultural. O pernambucano é escritor, poeta, autor de cerca de 20 títulos. E também um artesão do livro, esse objeto tão importante do qual se costuma dizer que será tragado pelo mundo digital. Da minha parte, permaneço tendo o livro em papel como o meu preferido para a leitura (hora de descansar a vista da luminosidade da tela do computador e de relaxar na rede). E é com um no colo que adormeço todas as noites, após horas de leitura. Pode ser um romance, uma biografia, um livro de memórias, Cartas, Poesia, História. Importante é ler, não importa o gênero.

Fred Caju é desses que amam os livros. Incluindo a sua confecção. Ele é coordenador da Editora Castanha Mecânica, curador da MOPI (Mostra de Publicações Independentes) e cofundador do podcast de literatura, teoria e edição “Rasgos do Tempo”. Entre os seus livros estão “Abrigo”, “Quatro Elefantes Sustentam o Mundo em Cima de um Casco de Tartaruga” e “Nada Consta”. Na sexta, 15 de setembro, ele estará na Livraria Travessa, em Ipanema (no Rio de Janeiro), para lançar sua mais recente obra: “Bívio”, livro de poemas com 108 páginas, editado pela Cepe (Companhia Editora de Pernambuco). A publicação divide-se em duas partes: Livro I – Verde Água e Livro II – Uma noite para um barco.  Possui 42 poemas, cada qual matematicamente calculado, com 40 versos.

Poeta, editor e agitador cultural, Fred Caju ancora seu barco poético na livraria Travessa, no Rio de Janeiro. Nessa sexta.

Entre os 21 poemas do Livro I, estão  Pier, Ladrão de Chuvas, Canção do Deságue, Venezianas, Bívio, Volume. Eles falam de vida, sentimentos, paisagens, água. E de palavras que perdem o sentido ou ganham sentidos diferentes. E até de brincadeiras, como o jogo da velha. Também há versos impregnados de lirismo, como aqueles do curioso Ladrão de Chuvas. “Foi da primeira vez/ que quebrei seu sorriso / que você consertou / o meu em definitivo./ Ríamos muito, até / que fiz a confissão/ de já ter capturado / as chuvas de um bimestre / em pequenos vidrinhos de amostra de perfume./ Você parou de rir/ e pediu que eu falasse / sério. Me senti péssimo- não por ser o idiota / engarrafando chuvas – por ter notado que era / um ladrão de pequenas surpresas passageiras/ e sem dono que a vida concebe aos distraídos”.

Já no Livro II,  entre os 21 poemas encontram-se Atlântico, Alpendre, Cais, Estuário, Desova, Aeronave, Uma noite para o barco, Véu de Escombros. Em Atlântico, fala do mar, das profundezas do oceano e da alma, de Olinda, dos medos, amores, praia e de covardia.  “Você não precisa/ da areia sob os pés / enquanto nada no / escuro. Sim, você nada no escuro, / como se o sol por / dentro bastasse. / As ondas, o sal, / o vento: a praia / como extensão / do próprio corpo”. No final, ele conclui: “Eu te olhava na areia / com a toalha aberta / esperando pelos seus / braços, suas asas / que iam para longe, / pro mais profundo.

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Serviço
Lançamento de “Bívio”, livro de poemas de Fred Caju
Onde: Livraria Travessa, de Ipanema
Quando: sexta, 15 de setembro
Horário: 19h
Preço do livro: R$ 35

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins e Cepe / Divulgação

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