Discriminação de gênero, em pleno século 21. Em Pernambuco, as mulheres ganham 11,1% a menos que os homens. É o que revela primeiro Relatório de Transparência Salarial, documento que reúne informações de 1.509 empresas pernambucanas com 100 ou mais funcionários. No país como um todo, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 25 de março, pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE). Juntas, as empresas que responderam às informações solicitadas pelo governo federal, possuem 562,9 mil empregados. A exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em Pernambuco, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 26,9%. No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, embora sejam maioria no mercado de trabalho pernambucano, recebem menos do que as mulheres brancas.
Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.625,55, a da não negra é de R$ 3.424,96. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.007,01 e os não negros, R$ 3.796,90. O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres. No caso de Pernambuco, o relatório registrou que 47% das empresas possuem planos de cargos e salários; 36,2% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 30,7% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 23,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.
Apenas 16,3% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 21,4% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,9% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (17,2%) e auxílio-creche (18,9%).
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação