Das 100 milhões prometidas, MST planta 2 milhões de árvores no país

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Durante um longo período, o Movimento de Trabalhadores Sem Terra era  mais conhecido pela ocupação de fazendas, engenhos, inclusive com destruição de patrimônio de usinas, como era comum ocorrer em Pernambuco, em protesto contra a concentração de terras e tantos anos de injustiças provocadas pelo latifúndio e pela monocultura açucareira. Ao longo da pandemia, no entanto, o MST vem desenvolvendo uma série de diferentes ações que incluem o plantio de árvores, nesse país de tanta necessidade de recuperação de florestas.

Há dois anos, o MST lançou o Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, inciativa para incentivar a  prática da recuperação ambiental, fomentando uma Rede de Viveiros Populares pelo Brasil. Ou seja, uma notícia digna de registro aqui no #OxeRecife, que faz sua campanha #ParemDeDerrubarÁrvores desde 2017, registrando baixas que encontra não só no Recife, como em cidades vizinhas e até mesmo em outros estados.

O Plano do MST é ambicioso: semear o plantio de 100 milhões de árvores em 24 estados brasileiros, incluindo Pernambuco, onde a ação já começou. Já há números a mostrar, pois até o momento já foram plantadas 2 milhões de árvores em todo o país, segundo levantamento do próprio MST. Bonito, não é? Enquanto no nosso país o nosso patrimônio verde é destruído –  e a Amazônia está aí como exemplo – O MST implantou a Rede de Viveiros Populares pelo Brasil. Eles  vão contribuir com a recuperação e preservação das áreas rurais de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária Popular. “Plantamos árvores e produzimos alimentos entendendo a natureza como aliada.” – explica Bárbara Loureiro, da coordenação do Plano. “Dessa forma, o Movimento reafirma o compromisso de plantar 100 milhões de árvores com a militância em ações coletivas”.

Ações que partem dos princípios da agroecologia, explorando-se as possibilidades de produzir alimentos saudáveis e preservar o meio ambiente. Os viveiros atuam junto à criação e desenvolvimento dos Sistemas Agroflorestais (SAFs).  “Plantar árvores é aumentar a diversidade produtiva nos nossos agroecossistemas. E proporcionar essa diversidade de espécies também aumenta a potencialidade de usos que podemos fazer com os frutos, sementes, folhas, cascas e raízes – alimentícias, medicinais, ornamentais, madeiráveis, adubadoras, forrageiras, entre outras”, diz ela.

Considerando que na natureza tudo está interligado, o plantio aumenta a diversidade e conservação da vida do solo e das águas, lembra o MST. E estes são princípios fundamentais na prática da agroecologia, que além de aumentar a “diversidade produtiva também amplia as possibilidades e formas de geração de renda a partir da comercialização, que pode ser a partir da coleta e extração dos frutos, resinas, óleos, fibras, sementes, madeira,” – cita Bárbara.

Abaixo, você pode conferir outras ações de plantio de árvores em várias partes do Brasil sob responsabilidade de fundações, organizações não governamentais e até grandes corporações.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: MST / Divulgação

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