“Capiba, pelas ruas eu vou” volta aos palcos, e tem duas apresentações no Teatro do Parque no final de semana

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Sem dúvida um dos mais bonitos espetáculos a ocupar os palcos do Recife, “Capiba, pelas ruas eu vou”, do projeto Aria Social, entra mais uma vez em cartaz, após já ter sido assistido por mais de 10 mil pessoas.  Tem sessões no sábado (20/4) e domingo(21/4), no Teatro do Parque. Quem ainda não assistiu, deve aproveitar essa oportunidade, pois eu não conheço uma só pessoa que não tenha gostado dessa cuidadosa produção em homenagem a aquele que foi um dos maiores compositores de frevo de Pernambuco. Já assisti duas vezes e talvez volte a assistir de novo. Afinal, Capiba é a trilha musical do meu e dos nossos carnavais e também de nossas memórias afetivas.

O Aria Social vai aproveitar o final de semana de novas apresentações, para homenagear duas figuras importantíssimas da vida cultural de Pernambuco:  a coreógrafa Ruth Rosembaum  (20/4, 19h) e o arranjador, diretor musical e saxofonista Maestro Spok (21/4, 17h). O musical, como já disse aqui nesse mesmo espaço,  conta a história do compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa (1904-1997), mais conhecido como Capiba, com 45 bailarinos-cantores e 19 músicos em cena. O espetáculo une música, dança, canto, teatro, fotografia e cinema. Durante uma hora, os artistas encenam a trajetória do menino nascido em Surubim, no Agreste pernambucano, no início do século 1920.

Espetáculo que conta relata vida e obra de Capiba tem encantado multidões no Recife e volta ao cartaz

Filho de um mestre de banda, Capiba já lia partituras muito antes de aprender a ler. Morou na Paraíba e veio para o Recife aos 26 anos, onde virou bancário. Cursou a Faculdade de Direito do Recife, mas nunca exerceu a profissão. Sua primeira composição foi “Valsa Verde”, em 1931. Os frevos dos anos 1930, as valsas apaixonadas, os sambas, maracatus, cirandas, marchas e ópera embalam as exibições de dança, teatro e música ao vivo – incluindo uma orquestra de câmara -, entrelaçadas por projeções de cinema e fotografias que fazem o público imergir no espetáculo. Tudo com o maior esmero. Para a diretora, maestrina e vice-presidente do Aria Social, Rosemary Oliveira, voltar aos palcos com o musical é sempre emocionante. E afirma: “Do início ao fim, mostramos muitas faces do compositor e quando a gente olha para a plateia percebe olhares muito surpresos, como quem questiona: ‘Meu Deus, isso é Capiba?’

Para a maestrina, “o público não espera uma musicalidade tão diversificada, envolvendo ritmos que vão desde o baião até o maracatu”, referindo-se aos gêneros pelos quais o musical passeia. A direção geral é de Cecília Brennand, criadora do Aria Social.  O Aria Espaço de Dança e Arte foi criado em 1991 com o objetivo de abrigar e integrar todas as artes e contribuir para sua democratização cultural. Visa promover a transformação humana através de arte-educação.  Em 2004, a iniciativa foi transformada em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), tipo de instituição sem fins lucrativos, e passou a se chamar Aria Social. Com ênfase na formação completa de bailarinos-cantores, na introdução ao universo musical e ao empreendedorismo, o Aria Social já produziu 27 espetáculos, dentre eles.  Hoje, o projeto atende 578 alunos da instituição, custeando aulas semanais de música, ballet, teatro e português.

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Livro sobre capiba

Serviço
Temporada 2024 de “Capiba, pelas ruas eu vou”
Teatro do Parque
20/04/2024 – 19h
21/04/2024 – 17h

Teatro RioMar – 06/06/2024 – 20h
Teatro RioMar – 04/07/2024 – 20h

Teatro de Santa Isabel
13/06/2024 – 19h30
14/06/2024 – 19h30
15/06/2024 – 19h
16/06/2024 – 17h

Ingressos: A partir de R$ 25. Clique no link e compre os ingressos para o Teatro do Parque: https://www.guicheweb.com.br/pesquisa/associacaoariasocial

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos:  Fernando Azevedo e Alicia Cohim

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