Vejam só quanta negligência com a vida humana. Isso é sinalização para evitar acidentes?

Lembram da postagem que fiz aqui no último  dia 9 de agosto, elogiando a sinalização em uma obra no bairro do Parnamirim? A obra  – da Compesa / BRK – abriu uma vala imensa que, sem avisos adequados, provavelmente teria provocado muitos acidentes.  Como aliás, é comum acontecer nas ruas do Recife, com registros inclusive com vítimas fatais, pois tanto os órgãos da Prefeitura quanto os estaduais parecem que não sabem o que é respeito à vida humana, já que mortes têm ocorrido por conta de sinistros que acontecem em ruas e avenidas da cidade, com obras mal sinalizadas. O risco, principalmente à noite, é i-men-so!

Destaquei aqui nesse espaço aquela iniciativa,  já que depois de muitos anos e inúmeras cobranças no #OxeRecife , finalmente havia encontrado uma obra com sinalização luminosa, o que é raríssimo em se tratando da capital pernambucana, onde normalmente as crateras abertas por prestadoras de serviços  simplesmente ficam às escuras, o que é uma falta de cuidado com a segurança de pedestres e condutores. Nesta semana, durante minha caminhada passei no mesmo local, no Parnamirim. E, infelizmente, o buraco continuava imenso, as máquinas estavam operando, porém não havia mais as luzes de alerta que eu vira antes e que me arrancaram o devido elogio. Já não está mais aqui quem falou bem.

Há um buraco imenso na esquina da Rua Maria Davi com a Marechal Rondo, mas sinalização não é adequada

Após observar que a obra tinha sinalização luminosa, perguntei à Compesa/ BRK quantas obras há em andamento nas ruas do Recife  e da Região Metropolitana. E em quantas havia sinalização, como a observada em minhas andanças matinais, no Parnamirim, na Zona Norte do Recife. Até hoje a resposta nunca veio. Fiquei pensando que ela não chegou porque denunciaria a escassez de uso de tal recurso, tão importante. Mas andando pelas ruas, dá para ver que a sinalização correta é rara. Tanto em obras da Prefeitura quanto do governo estadual (principalmente da Compesa).  A obra  da Compesa que estava antes bem iluminada fica na esquina da Rua Flor de Santana com a Rua do Marques. 

Quem vem da Rua do Marques para entrar na Flor de Santana,  no entanto, agora corre o risco de desabar na vala. Não tem mais sinalização. Apenas a famigerada cerca cor de laranja, tangenciando o buraco. Então, não há nem como desviar, porque um motorista mais desavisado pode só ver o obstáculo já em cima. E aí… já viu! Não terá como evitar. No bairro de Casa Forte, ali na Rua Marechal Rondon, há várias crateras – ninguém sabe abertas por quem – cercadas apenas por uma tela igual à utilizada na obra da Compesa / BRK.  Mas segundo os moradores, os buracos são “da Prefeitura”. São muitos, inclusive um imenso e profundo, na esquina com a Rua Irmã Maria Davi. Mas observe a foto central. Com pouca iluminação ou falta de luz, essa telinha de nada, colocada rente à cratera, dá para prevenir eventuais acidentes? O motorista ou motociclista ultrapassa a esquina e  dá de cara com o buraco, pois a sinalização não tem nenhuma distância da cratera. Nem um palmo.  Na frente de minha casa, um motoqueiro uma vez caiu à noite, em uma vala igual a essa (só que aberta pela Compesa) sem sinalização correta. Quebrou o pescoço e morreu no local. É o mesmo agravante, no caso de Casa Forte: tudo no escuro. Dá para acreditar? Sinceramente, não sei onde a cabeça dos nossos gestores e de prestadores de serviço que parecem não ter mesmo respeito pela vida da população. Abaixo, você pode conferir problemas provocados por falta daquele tipo de cuidado e calçadas que atrapalham vida dos pedestres.

Leia também
Exceção da regra: FInalmente uma obra com sinalização noturna adequada contra acidentes
Cadê o respeito à vida? Tragédias anunciadas em obras públicas sem sinalização adequada
Cadê a sinalização? E o respeito à vida?
Calçadas assassinas: Novas vítimas
Armadilhas junto ao meio-fio
Prestadoras de serviço: Descalabro
Operadoras ameaçam pedestres
Os cem buracos do meu caminho
Demandas urbanas: Abrigos de ônibus oferecem riscos
Calçadas assassinas: “É sair e cair”
Recife: calçadas e ruas assassinas
Vocês lembram dessa calçada? A Compesa “consertou”
As inviáveis calçadas da Avenida Norte
Perigo à vista na esquina da Futuro
Futuro das usurpações urbanas
Charme: calçada para andar e sentar
Discutindo o Recife a 5 km por hora
Uma “piscina” no meio do caminho

Cidadania a pé está difícil
Bueiros viram armadilhas mais perigosas em dias de chuva
Calçada: Que saco, torci o pé de novo
Tombos nas calçadas requalificadas
Quem chama isso de calçada….
Calçadas melhoram na Av Norte, mas…
Oxe, cadê as calçadas da Avenida Norte?
Calçadas crateras na Avenida Norte
Av. Norte: reforma só atinge 12 por cento das calçadas
Acidente em calçada requer até Samu
“Revoltado com queda na calçada”
Depois daquele tombo (12)
Depois daquele tombo
Depois daquele tombo (1)
Depois daquele tombo (2)
Depois daquele tombo (3)
Depois daquele tombo (4)
Depois daquele tombo (5)
Depois daquele tombo (6)
Depois daquele tombo (7)
Depois daquele tombo (8)
Depois daquele tombo (9)
Depois daquele tombo (10)
Depois daquele tombo (11)
Assim não dá: Calçada com buracos e lixo
Riscos para quem anda e pedala
Calçadas: acessibilidade zero
Cadê o respeito aos cadeirantes?
Calçadas assassinas: “É sair e cair”
Calçadas nada cidadãs na Zona Norte
Novas calçadas: 134 quilômetros até 2020
Calçada larga na Rua Gervásio Pires
Convite ao tombo no Centro
Centro do Recife precisa de Mais Vida
Você está feliz com o Recife?
Calçada dá medo na gente de afundar
Acidente em calçada requer até Samu
Calçadas cidadãs da Jaqueira e Parnamirim: todas deviam ser assim
Comunidade recupera calçadas em Casa Amarela. Essas cenas vão sumir?
O drama das nossas calçadas
Quem inventou as famigeradas tampas duplas de nossas calçadas?
Já torci o pé três vezes
Quem chama isso de calçada…
Alguém chama isso de calçada?
Andando sobre o inimigo
Recife: calçadas e ruas assassinas
Os cem buracos do meu caminho
Mais uma calçada cidadã
Cidadania a pé: calçada não é perfeita
Charme: calçada para andar e sentar
Quem chama isso de calçada….
Pedras nada portuguesas
Santo Antônio sem pedras portuguesas

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.