Considerada pela crônica esportiva como a prova mais bonita do gênero no País, o triathlon “Mãe Malvada” chegou à quinta edição revelando atleta muito especial: Laís Oliveira. Ela é triatleta com Síndrome de Down, que concorreu em iguais condições com os outros 700 participantes da competição, que aconteceu no final de semana, no Sertão do São Francisco, mobilizando os municípios de Juazeiro (Bahia) e Petrolina (Pernambuco).
Laís tem 27 anos e é a única mulher com a Síndrome de Down a fazer triathlon no Brasil. Segundo os organizadores da competição, ela seria, também, a primeira triatleta no mundo com aquela característica. Alagoana (nasceu em Maceió), mas reside hoje em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (BA). Ela é, também, a primeira pessoa com algum tipo de deficiência a participar do “Mãe Malvada”, no qual conseguiu concluir as provas com o tempo de 2h42m36s. O “Mãe Malvada” também tem uma história de superação, a partir de sua idealizadora, Ana Augusta (ver nos links abaixo).
O “Mãe Malvada” se consolida a cada ano, e acontece nas duas cidades, que são divididas pelo Velho Chico, no qual ocorreu a prova de nado, em que os atletas chegaram a bordo de uma balsa. O evento, que reuniu competidores de várias partes do Brasil e até mesmo do exterior, vale como segunda etapa do Campeonato Baiano. Depois da água, a terra, com os atletas competindo em solo, na modalidade ciclismo, atravessando a ponte Presidente Dutra, que liga as duas cidades.
Bikes encostadas, foi a vez da corrida até a Porta do Rio, na orla de Petrolina, que fica a 769 quilômetros do Recife. Laís não ganhou o primeiro lugar, mas fez bonito na prova, até mesmo pelo seu pioneirismo. O primeiro lugar na categoria olímpico ficou com Rafael Rizzat, que nadou 1.500 metros, pedalou 40 quilômetros e correu outros dez em 2h08m46s. No sexo feminino, a vencedora foi Rharana Mendes, com o tempo 2h32m13s. A “Mãe Malvada” é organizada por Ana Augusta e pela Federação Baiana de Triathlon (Febrati), e conta com apoio do Governo da Bahia e patrocínio da Agrovale.
Nos links abaixo, você confere informações sobre outras atividades esportivas no Sertão do São Francisco – como campeonato de windsurf e paratletismo – e outras informações sobre pessoas com deficiência.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / Mãe Malvada